Destanee Aiava está a ser uma das figuras deste Australian Open pelo que faz dentro do court, mas também pelo que veste. Tudo porque recuperou equipamentos vintage de Maria Sharapova, Ana Ivanovic e Caroline Wozniacki para brilhar desde o qualifying até ao quadro principal do Grand Slam onde, agora mais do que nunca, encontrou a felicidade.
2025 é o 10.º ano consecutivo em que a tenista australiana — outrora uma das maiores promessas do país — participa no Grand Slam que joga em casa. Em metade das ocasiões marcou presença no quadro principal, mas esta é a primeira em que atinge a segunda ronda, feito consumado de forma épica: esteve a perder por 5-7 e 2-5 e ainda anulou dois match points no parcial decisivo antes de vencer Greet Minnen pelos parciais de 5-7, 7-5 e 7-6 (com 10-5 no match tie-break) ao cabo de três horas certas.
Os resultados já seriam razão suficiente para Aiava fazer manchetes, mas a juntar ao brilharete tenístico há ainda o olho para a moda que a tem feito fazer furor nas redes sociais: é que para jogar o torneio foi à procura de vestidos vintage em websites como o eBay e o Facebook Marketplace.
“Adorava as roupas que elas usavam”, disse ao jornalista Ben Rothenberg durante a fase de qualificação em que foi vista a utilizar um equipamento Nike que Maria Sharapova vestiu no US Open de 2012 e outro que Ana Ivanovic utilizou no US Open de 2010. “Algumas das coisas que são desenhadas hoje em dia são bastante feias. Gosto de vestir aquilo que acho que me fica bem, não gosto de estar igual a toda a gente.”
Mas encontrar vestidos como estes não foi tarefa fácil: “Encontrei-os no eBay — e pelo dobro do preço a que foram vendidos originalmente. Mas gosto de me pôr à procura de equipamentos vintage de que gostava quando era mais nova.”
A história de Aiava tem fascinado os mais atentos e ganhou outra dimensão durante a jornada desta segunda-feira, quando protagonizou a reviravolta dramática e épica frente a Minnen com um vestido da adidas desenhado por Stella McCartney para Caroline Wozniacki no US Open de 2013.
“Já devo ter uns seis vestidos deste género no meu guarda-roupa. Antes do último encontro do qualifying pus-me à procura deste só para o caso de conseguir chegar ao quadro principal. Encontrei-o à venda por 35 dólares, uma pechincha”, acrescentou divertida.
Segue-se, na segunda ronda, a norte-americana Danielle Collins, acompanhada de uma nova oportunidade de prestar homenagem ao passado do mundo da moda.