A primeira vitória portuguesa da temporada de 2025 chegou, de forma inesperada, pela raqueta de Francisco Cabral no qualifying de singulares do Challenger 100 da Nova Caledónia.
Aproveitando uma lista de inscritos desfalcada, o especialista de pares português (não tem ranking de singulares desde dezembro de 2022) foi a jogo na competição individual e não sentiu dificuldades em passar pelo australiano Adrian Arcon — também sem classificação — graças aos autoritários parciais de 6-1 e 6-2.
O encontro deste domingo foi apenas o segundo de Francisco Cabral em singulares desde março de 2022, altura em que colocou definitivamente o foco na variante de pares. O mais recente tinha sido nos Jogos Olímpicos de Paris, em que entrou como alternate por fazer parte do elenco de pares, mas para encontrar o último desfecho feliz era preciso recuar ao Maia Open de dezembro de 2021… contra Jaime Faria.
Superada a estreia na Nova Caledónia, Francisco Cabral vai discutir o apuramento para o quadro principal com Jesse Delaney. O australiano de 26 anos está na 874.ª posição da tabela mundial.
Já na variante de pares, à qual se tem dedicado a tempo inteiro e que já o levou ao top 50 (atualmente está no 76.º lugar) e a dois títulos ATP em cinco finais, o tenista português defende o estatuto de primeiro cabeça de série ao lado de Theo Arribage (64.º) e ficou isento da primeira ronda, estando diretamente nos quartos de final.
Vencedores dos torneios Challenger de Braga e Maia na reta final de 2024, Cabral e Arribage ficarão à espera do embate 100% japonês entre Kosuke Ogura/Keisuke Saitoh e Shinji Hazawa/Taisei Ichikawa para conhecerem os primeiros adversários na nova época.