MAIA – A realizar a melhor temporada dos últimos largos anos, Damir Dzumhur (106.º ATP, ex-23.º) carimbou o acesso à sexta final de 2024 ao atingir o encontro decisivo da sétima edição do Maia Open.
Face ao contemporâneo de 32 anos Federico Coria (101.º, antigo 49.º), Dzumhur triunfou por 6-4 e 6-3 em 97 minutos, invertendo uma desvantagem de 4-2 no parcial inaugural.
Com a habitual tremenda variedade de jogo, o melhor tenista da Bósnia e Herzegovina derrotou a consistência do sétimo melhor argentino da atualidade. Tal como na véspera frente a Albert Ramos-Vinolas, Dzumhur usou e abusou do amortie para superar o muro de Rosário e a pressão constante (muitas aberturas de ângulo, igualmente) provocou muitos estragos a partir do contra-break do sétimo jogo e também pareceu drenar Coria, talvez um pouco dorido da batalha da véspera de quase três horas.
Depois do primeiro set mais duro, o bósnio descolou para uma segunda metade bem mais acessível e no total amealhou 12 pontos de break para cinco somente de Coria, o que espelha a superioridade do titular de três provas do circuito principal em quatro finais – já o tenista das pampas atingiu duas finais, que perdeu, o que mostra que esta meia-final podia perfeitamente ter sido uma final ATP pela cotação dos protagonistas.
Ao impor-se diante do segundo pré-designado, o terceiro favorito ao título ganhou a corrida ao adversário de hoje e garantiu desde já o grande objetivo de ambos: o quadro principal do Australian Open, o primeiro Major de 2025. Na pior das hipóteses, o antigo top 25 vai terminar a temporada no posto 95, na melhor no 83.º. Já Coria terá de agarrar-se à calculadora em vésperas do casamento.
Após uma primeira ronda na qual sobreviveu no photo finish face a Frederico Silva, o primeiro finalista do Maia Open conseguiu a terceira desforra consecutiva e o primeiro sucesso dos respetivos frente a frentes.
A final no Norte do Portugal será a sexta de um ano que terminará este domingo (amealhou as outras cinco) e a 24.ª da carreira Challenger (13-10) para um dos mais titulados nesta categoria. Para voltar a celebrar terá de ultrapassar no derradeiro encontro ou o italiano Francesco Passaro, 114.º e quarto cabeça de série, com quem divide o mano a mano entre ambos, ou o experiente eslovaco Andrej Martin, 509.º, mas ex-93.º, contra quem cedeu nos dois confrontos do passado.