MAIA — O mês de novembro de Pedro Araújo esteve perto de tornar-se ainda mais especial, só que a experiência de Andrej Martin acabou por prevalecer e o ex-top 100 negou ao português os primeiros quartos de final da carreira em torneios Challenger. Terminou a época que rapidamente se transformou na melhor da carreira e que o leva para 2025 à porta do top 400.
O tenista português de 22 anos (esta semana no 433.º posto, mas com a garantia de subir pelo menos mais duas dezenas) liderou por um set e um break antes de perder por 6-7(4), 6-4 e 6-3 com o eslovaco de 35 anos, atualmente 509.º depois de dois anos afastado dos courts devido a uma suspensão por doping.
Araújo chegou à Maia depois de uma quinzena recheada em Vale do Lobo, onde jogou a maior final de singulares da carreira e conquistou um título de pares em dois discutidos. A janela de adaptação reduzida não o impediu de consumar o regresso aos triunfos no circuito secundário pela primeira vez em mais de dois anos e cerca de 24 horas após esse feito esteve perto de ser ainda mais feliz contra um jogador que procura as terceiras meias-finais na prova maiata.
As dificuldades que lhe são conhecidas na pancada de serviço comprometeram momentos críticos do encontro, primeiro ao desperdiçar uma liderança de 7-6(4) e 2-0, à qual se seguiram cinco jogos consecutivos para Martin, depois ao ser quebrado por duas vezes no parcial decisivo após liderar por 40-15.
O encontro desta quinta-feira foi o 77.º do ano em singulares para Pedro Araújo, que graças às 46 vitórias conquistou os dois primeiros títulos (ambos na categoria ITF M15), jogou ainda uma final de maior importância (ITF M25) e, sobretudo, subiu mais de 500 lugares no ranking: de fora do top 900 para o limiar do top 400.
Seguem-se uns dias de pausa sem tocar na raqueta antes de iniciar os trabalhos de preparação para a nova temporada, que começará com uma quinzena de torneios Challenger na nave de campos cobertos do Jamor.