MAIA – Dois dias depois de uma primeira ronda na qual precisou de anular um match point para sobressair, Henrique Rocha (173.º ATP) levantou voo e elevou a qualidade de jogo para superar o espanhol Nicolas Alvarez Varona (382.º) por 6-4 e 6-2 e garantir pela primeira vez o apuramento para os quartos de final do Maia Open.
O número três nacional triunfou ao cabo de 77 minutos e voltou a bater o adversário de 23 anos como em Zagreb este ano. E para isso impôs a lei da sua direita, em especial cruzada. Sempre no comando dos acontecimentos, Rocha nunca pareceu em apuros e no segundo set disparou mesmo para um parcial de 5-0. Nessa altura tirou um pouco o pé do acelerador, mas à segunda de três chaces de arrumar o duelo não desperdiçou a oportundiade de celebrar perante amigos e família.
A participar pela quarta vez no Maia Open, segunda consecutiva no quadro principal, Henrique Rocha vai um passo mais longe do que em 2023 e está nos oito melhores de um torneio jogado no palco que o viu nascer para a modalidade.
Apurado pela 10.ª na carreira (e no ano) para os quartos de final de uma prova do ATP Challenger Tour, segunda em Portugal (CIF), o maiato vai em buscar da sexta semifinal, primeira em solo nacional, e para isso pode precisar de bater um compatriota com quem se dá bem, isto se Pedro Araújo conseguir bater o ex-top100 Andrej Martin e alcançar um inédito bilhete para os quartos de final de um torneio da categoria.
Mais do que isso, Henrique Rocha mantém bem vivo o sonho de marcar presença em Jidá, a cimeira dos oito melhores tenistas do mundo até aos 20 anos. O oitavo cabeça de série na Maia (ex-158.º da hierarquia) necessita de vencer um segundo título Challenger para entrar no lote e só uma terceira final neste nível lhe dá um posto como alternate na competição.