Francisco Rocha parte para 2025 com um desejo e um puzzle para montar

Eduardo Oliveira/FPT

MAIAFrancisco Rocha não conseguiu acrescentar o toque final à temporada de 2024, mas no até já ao circuito internacional a derrota na primeira ronda do Maia Open não manchou o balanço positivo àquele que não hesitou em classificar como o melhor ano da carreira. E bem ao jeito da época ainda apontou o maior desejo para um 2025 que, bem vistas as coisas, está já aí à porta.

“Não posso dizer que foi uma má época, ganhei 200 lugares [no ranking] portanto foi uma época positiva. É claro que há coisas a melhorar, mas foi a minha primeira verdadeira época competitiva em termos de jogar torneios durante um ano completo, porque nem quando era sub 16 ou sub 18 tinha este tipo de experiência. Houve muitas aprendizagens”, explicou o portuense de 25 anos depois de uma jornada dupla negativa em casa, na Escola de Ténis da Maia a que sempre esteve ligado.

Desafiado a apontar o ponto mais alto deste 2024 em que mal parou, o mais velho dos irmãos Rocha não surpreendeu e elegeu “a primeira final profissional em singulares, que foi logo num ITF M25”, referindo-se ao Eupago Porto Open que terminou como finalista em julho. “Até houve semanas em que me senti bem melhor em termos de nível competitivo, só que nessa semana a minha cabeça estava mesmo muito focada. Podia ter perdido logo na primeira ronda e provavelmente até só ganhei porque o outro jogador me puxou muito para ganhar, mas às vezes as semanas começam com este tipo de detalhes.”

Os pontos mais baixos do jovem português estão relacionados com campanhas recentes: as derrotas para Frederico Silva no Campeonato Nacional Absoluto e para Pedro Araújo no Vale do Lobo Open. “Foram ambos por mérito deles, mas ninguém gosta de levar ‘uma porrada’, para pormos as coisas nestes termos. Passados uns dias sou o primeiro a reconhecer que preciso destes momentos porque se quero melhorar preciso de acordar e perceber que os jogadores estão a fazer certo tipo de coisas melhor do que eu. Preciso de treinar mais duro, investir mais no físico, de ser melhor mentalmente… esse tipo de coisas que na altura custa perceber, mas que a longo prazo fazem crescer.”

Com 2025 à porta, tem uma certeza e uma dúvida. Vai manter-se ligado à Escola de Ténis da Maia, mas sente a necessidade de ser acompanhado por um treinador “pelo menos durante algumas semanas” e esse é o puzzle que tem para pensar e eventualmente finalizar nos próximos tempos, enquanto trabalha para evoluir rumo ao primeiro grande objetivo que estabeleceu já a pensar no novo ano: “Vencer o meu primeiro título [de singulares] diria que é um bom começo. Sou uma pessoa muito ambiciosa, por isso às vezes mando-me um bocadinho para fora de pé, mas acho que é um objetivo razoável.”

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