Faria lamenta ter “perdido o comboio” para travar Ramos e pensa em 2023 para embalar até 2025

Eduardo Oliveira/FPT

BRAGAJaime Faria foi travado à primeira no Braga Open e lamentou a reação tardia frente ao mais velho e experiente Albert Ramos-Vinolas, que lhe impôs a quinta derrota consecutiva na fase mais apagada de uma época até aqui dourada. Sem negar o cansaço, o jovem português preferiu apontar ao trabalho como única solução para encarrilar, até porque o último ano lhe serviu de exemplo para o que agora quer replicar.

“Ele teve mérito na maneira como jogou e foi bastante sólido do início ao fim. Fui procurando soluções, mas não consegui encontrá-las. O meu serviço não esteve tão bem, também por mérito dele que me foi cansando com várias trocas de bolas, e não tive nos meus melhores dias. Falhei bastante no primeiro set, tentei melhorar no segundo e tive algumas oportunidades para voltar ao jogo depois de levar o break, a jogar melhor, com mais intensidade e ruturas para desbloquear o encontro, mas já foi um bocado tarde e não consegui apanhar o comboio”, reconheceu o número dois nacional após a derrota por 6-2 e 6-4.

Faria sentiu dificuldades em lidar com o ténis tipicamente esquerdino de Ramos-Vinolas e admitiu que “quando não tenho a esquerda paralela tão fina torna-se mais difícil [contra este tipo de jogadores] porque os meus padrões são mais preparados para destros e não consigo responder tão bem, sobretudo do lado das vantagens. Ele tem um serviço que não é muito rápido, mas quando é colocado abre o campo todo e sem essa esquerda afinada ganha-me bastantes pontos. É verdade que tenho de melhorar por aí, mas sinto que consigo reagir melhor frente aos destros porque fico em vantagem no rally de esquerda cruzada.”

Visivelmente desgastado por uma época de experiências novas que já vai longa, o jovem português preferiu, no entanto, apontar ao trabalho e à aprendizagem como soluções para ainda aproveitar o que sobra de 2024: “Tenho 21 anos, portanto tenho de arrebitar outra vez e voltar a ganhar pontos. No ténis não se pode estar muito confortável porque as coisas acontecem rápido, então tenho de voltar a meter o pé no acelerador e deixar-me de desculpas. É verdade que estou cansado, está a ser um ano cansativo, mas ainda assim ultimamente tenhi perdido nas primeiras rondas, por isso não tenho desculpas para não estar bem física ou mentalmente. Tenho de obrigar-me a puxar por mim, a aceitar que não é fácil e que tem de se encontrar soluções, até porque os bons primeiros seis meses que tive este ano deveram-se ao meu trabalho de preparação e ao process de evolução no final do ano passado.”

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