Sara Lança superou “circunstâncias difíceis” para alcançar o objetivo do ano

Sara Falcão/FPT

LISBOA — Duas portuguesas frente a frente num torneio de grandes dimensões significa, invariavelmente, uma boa oportunidade para ambas, mas também pressão acrescida e foi esses obstáculos que Sara Lança teve de superar para chegar, pela primeira vez na carreira, à segunda ronda de um ITF W75 — resultado que permitiu à jogadora de 17 anos regressar ao top 1000 do ranking WTA, o objetivo a que se tinha proposto ao longo de 2024.

“É difícil jogar contra uma amiga, porque mais do que uma colega de treino ela é mesmo uma amiga. Quem a conhece sabe que a Teca é uma pessoa cinco estrelas e é emocionalmente difícil lidar com o facto de defrontar alguém de que gostamos e que admiramos”, admitiu logo no rescaldo ao encontro que venceu por 6-2 e 6-4 no início da jornada contra Teresa Franco Dias.

“Conhecemo-nos as duas muito bem, sabemos os pontos fortes e fracos uma da outra e a tática que melhor resulta, por isso era uma questão de ver quem ia conseguir impôr-se e neste caso fui eu. Consegui ganhar, mas foi duro. No primeiro set entrei no campo e comecei a dominar os pontos a partir do 2-1, mas no segundo ela elevou o nível, tornou-se menos passiva e ficou tudo mais taco a taco, só que a partir do 3-4 joguei bastante bem e estou muito feliz”, disse Lança já acerca da prestação.

A vitória na primeira ronda deste Del Monte Lisboa Belém Open equivalia a nove importantes pontos para o ranking, um valor significativo que fez com que a tenista do Barreiro nem quisesse sabê-lo ao certo antes de entrar para o court. “O timing é perfeito porque perdi uma data de pontos relativos às meias-finais que fiz há pouco mais de um ano em Monastir. Vou voltar a entrar no top 1000 e esse era o meu primeiro objetivo para o ano. Agora que está praticamente conseguido é continuar, apontar ao top 900 e por aí fora”, explicou Lança, que em dezembro de 2018 foi 794.ª do ranking WTA.

Também por isso, tomou a “decisão difícil” de abdicar de torneios importantes em Portugal (os ITF W35 de Leiria e Santarém e o ITF W100 das Caldas da Rainha) para “aproveitar o facto de estar a entrar diretamente nos quadros principais em Monastir”, pode onde decidiu ficar depois de “uns dias de férias para desanuviar da universidade” até regressar para “o torneio que não podia mesmo não jogar”, no CIF onde treina e de que tanto gosta.

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