Casper Ruud sem dúvidas: “Portugal tem uma equipa com potencial e vamos ouvir falar deles”

BEKKESTUACasper Ruud não tremeu no Dia D e assinou duas vitórias para levar a Noruega até às Davis Cup Qualifiers de 2025. A estrela da casa tinha sido surpreendida por Henrique Rocha na véspera, mas este sábado resistiu a Jaime Faria e no final, já com o apuramento assegurado, voltou a elogiar a equipa de Portugal no adeus a Bekkestua, nos arredores de Oslo.

Como te disse na quinta-feira, achava que a eliminatória podia depender muito do encontro de pares. É claro que ontem fiquei desapontado ao ir para a cama a pensar que abrimos com uma vantagem de 1-0 e que se eu tivesse ganho o meu encontro podíamos estar numa posição muito melhor, mas ainda assim o 1-1 era bom para ambas as equipas. Eu e o Victor fizemos um excelente encontro, servimos bem e um break em cada set foi suficiente. Depois superei um primeiro set difícil e felizmente fiz um bom tie-break que me ajudou a chegar à frente no singular”, analisou o número nove mundial na conversa com o Raquetc no final da eliminatória.

Depois de tecer muitos elogios a Henrique Rocha na sequência da derrota da véspera, Casper Ruud também deixou palavras de apreço sobre Jaime Faria, que apesar de não o ter surpreendido deixou boa réplica durante o encontro que fechou o frente a frente: “É um jogador muito bom. Ainda não o conheço muito bem porque ele ainda não joga muitos torneios grandes, mas tenho a certeza de que o vai fazer. São dois jovens muito bons, com um excelente potencial e tenho a certeza de que vamos ouvir falar mais deles.”

Feliz “por ter sido capaz de assumir a responsabilidade e segurar a vitória para a Noruega” contra uma equipa portuguesa que “via como favorita antes do começo da eliminatória e da lesão do Nuno Borges, Casper Ruud também se debruçou sobre a ausência da imprensa norueguesa durante toda a semana — não houve nenhum jornalista na conferência de lançamento da eliminatória e durante o fim de semana só esteve presente uma jornalista do Eurosport.

“O ténis norueguês tem crescido nos últimos anos, mas não consigo controlar aquilo a a imprensa quer dedicar-se. Há muitas outras coisas que podem cobrir esta semana na Noruega e está tudo bem, para ser sincero prefiro que não venham muitos, mas percebo o que queres dizer, é importante para ajudar à divulgação do desporto. Nos últimos anos pus-me numa posição em que também posso ser uma pessoa influente no ténis norueguês, mas não sei a razão pela qual não vieram à eliminatória. É algo que espero que possa continuar a melhorar também com a ajuda do Nicolai [Budkov Kjaer, número um mundial de juniores] e de outros jogadores, porque passando a ser três, quatro, cinco e não apenas um, como até agora, talvez eles tenham mais notícias para escrever e passem a vir mais vezes“, concluiu.

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