Feliz por “dormir na própria cama”, Casper Ruud não espera facilidades com a desistência de Nuno Borges

BEKKESTUACasper Ruud é a estrela maior da eliminatória deste fim de semana entre Noruega e Portugal em Bekkestua, mas nem com a lesão que afastou Nuno Borges das nomeações considerou haver um favoritismo propriamente dito por parte da equipa da casa, demonstrando conhecimento e precaução na hora de abordar um confronto especial por ser jogado muito perto de casa.

“Nos últimos anos temos tido muita sorte com as equipas que defrontamos porque jogamos quase sempre na Noruega [esta será a 10.ª vez nas últimas 11 eliminatórias]. E neste caso é excelente porque posso dormir na minha própria cama, conduzir o meu próprio carro e encarar a semana como uma semana normal. Nunca joguei nesta arena, mas é uma zona conhecida pelo andebol e pela natação e eu nadei aqui em frente muitas vezes quando era criança. É muito entusiasmante estar aqui e espero que a equipa portuguesa também esteja a aproveitar, tenho falado com alguns jogadores e parece que sim”, começou por dizer o norueguês, número nove mundial e ex-número dois, na antevisão ao Raquetc logo após o sorteio.

Ruud seria sempre o favorito para os dois encontros de singulares, um estatuto que aumentou com a ausência de Nuno Borges por causa de uma lesão no pulso esquerdo. Mas as nomeações dos mais jovens e sobretudo bem menos experientes Jaime Faria (157.º ATP, 21 anos) e Henrique Rocha (159.º ATP, 20 anos) não fizeram com que o norueguês levantasse os pés do chão.

“É claro que [a ausência do número um português] muda um pouco as coisas porque o Nuno está a ter um ano inacreditável, esta semana é top 30 e quando está bem é muito, muito perigoso. Mas o Faria e o Rocha são dois jogadores jovens muito bons que este ano já ganharam Challengers, o que diz muito sobre o nível deles, por isso vai ser na mesma muito difícil”, considerou Ruud.

“Acho que está tudo em aberto e se correr como é suposto no final do primeiro dia estará 1-1. Se formos dormir com esse resultado, então tudo pode acontecer no sábado e o que senti muitas vezes em eliminatórias da Taça Davis é que o encontro de pares é fundamental. Se conseguirmos começar bem no sábado, as nossas hipóteses aumentam, por isso esse encontro vai ser muito importante”, concluiu o campeão do Millennium Estoril Open de 2022, que nesse ano também jogou as finais de Roland-Garros (repetiu na temporada seguinte), do US Open e do ATP Finals.

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