Taberner e Andreev ligam dois extremos e reencontram-se na final da CT Porto Cup

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PORTO — Não foi há muito tempo que Carlos Taberner e Adrian Andreev estiveram frente a frente na primeira ronda do qualifying de um Challenger em Tenerife, cenário bem diferente daquele que viverão no domingo quando se enfrentarem na final da CT Porto Cup — uma viagem que reflete sobretudo a evolução do espanhol, não só o jogador mais titulado como o que está em melhor forma e, diga-se, também o mais disponível para dialogar.

“É um bom exemplo de como o nível no circuito Challenger é muito alto”, referiu Taberner ao ser confrontado com o embate anterior frente ao adversário búlgaro, há cinco meses que parecem uma eternidade tal foi a mudança que deu à temporada (estava fora do top 400 e com esta campanha ficará no mínimo à porta do top 200, ainda longe, mas já mais perto do 85.º lugar que chegou a ocupar em maio de 2022).

O momento de forma chega a roçar o sobrenatural e leva o tenista de Valência a sorrir antes de o descrever como “um dos melhores da carreira” uma vez que “nunca tinha jogado três finais em três torneios consecutivos.”

Finalista em Cordenons e campeão em Todi antes de chegar a Portugal, Taberner considerou a primeira e esta final como “as mais surpreendentes” das três devido ao mau arranque e à qualidade dos adversários, respetivamente.

E assim aqui está, pronto a jogar uma terceira final no último mês e desejoso de vingança pela derrota sofrida no outro extremo do circuito secundário para um jogador que agora tem, no Porto, a oportunidade de erguer o primeiro título Challenger do palmarés.

Andreev não é tão falador quanto Taberner, mas desta vez ofereceu pouca resistência e até abriu o jogo, inclusive ao admitir que o adversário, Nikolas Sanchez Izquierdo, “tinha razão” ao protestar com o árbitro de cadeira para que este o advertisse pelos maus tratos à raqueta.

Muito relaxado, o búlgaro queria sobretudo “tomar um banho, alongar e receber uma massagem” antes de sair do clube e deu a entender que não perderia tempo a estudar os adversários antes do Dia D que lhe pode valer o título mais importante da carreira.

Quem passear pela invicta durante a tarde deste sábado poderá vê-lo a deambular para limpar a cabeça antes de jogar pela segunda vez na época e na carreira uma final desta dimensão, feito que se tornou possível por estar “feliz no court, o que “não acontece todas as semanas”.

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