Nuno Borges e Francisco Cabral celebraram pela segunda vez lado a lado e apuraram-se para os oitavos de final do US Open, a melhor campanha de sempre para o maiato em quadros de pares de torneios do Grand Slam e a melhor em Nova Iorque para o portuense, que já tinha feito em igual em Paris e não quer ficar-se por aqui.
“Foi um encontro difícil de jogar. À exceção do jogo ao 4-4 do segundo set, servimos todos muito bem e ficou muito difícil de responder. Acho que estivemos muito bem nesse capítulo e com uma energia boa, sempre concentrados e à espera da nossa oportunidade. Foi uma vitória bem conseguida”, disse Cabral ao Raquetc depois de eliminar a dupla 12.ª cabeça de série composta por Hugo Nys e Jan Zielinski.
Os dois portugueses só cederam sete pontos no serviço a caminho da terceira ronda, onde vão medir forças com Jordan Thompson e Max Purcell. “Dois excelentes jogadores, tanto de singulares como de pares” que têm “currículo que dispensam apresentações” e que exigirão da dupla lusa “o nosso melhor se quisermos ter hipóteses de ganhar.”
Cabral chegou a Nova Iorque sem qualquer torneio de preparação em piso rápido (o último foram os Jogos Olímpicos de Paris, em terra batida) e explicou que “tive a oportunidade de jogar um Challenger 100 na Polónia, mas estava com uma dor e optei por não arriscar e fazer um bloco de treino um bocadinho mais longo para tentar chegar aqui bem fisicamente”. Depois, “na semana anterior só havia o ATP 250 de Winston-Salem em que não entrei e Challengers 50 em terra batida que não faziam qualquer sentido.”
Atualmente no 84.º lugar do ranking da especialidade, longe do 45.º que atingiu em setembro de 2022 e do top 50 em que se habituou a estar nas últimas épocas, o tenista português admitiu que a classificação “não está onde quero” e que “os bons resultados chegam sempre em boas alturas”, acrescentando que “num Grand Slam sabe sempre bem, mas ainda não acabou e vou dar tudo na próxima ronda.”
Francisco Cabral e Nuno Borges voltam à ação no domingo com o objetivo de se tornarem no terceiro e no quarto portugueses a alcançarem os quartos de final de um Grand Slam como profissionais, depois de Nuno Marques (Australian Open de 2000) e de João Sousa (US Open de 2015, 2019 e 2022 e Australian Open de 2019, este último meias-finais).
Antes, já este sábado, Borges enfrenta Jakub Mensik (de 18 anos e número 65 mundial) por um lugar nos oitavos de final de singulares.