Jaime Faria despede-se do Porto resignado e com as malas feitas para o US Open

Lourenço Rodrigues

PORTO — O corpo não respondeu ao que o coração pediu e Jaime Faria despediu-se do Eupago Porto Open sem a presença na final que entretanto se tornara palpável, as limitações físicas a surgirem como um obstáculo inesperado e que vários dias depois se revelou intransponível num percurso que terá como próxima paragem a cidade que nunca dorme.

“Nunca estive bem durante a semana e hoje não me senti tão disponível [quanto precisava], admitiu o tenista português na conferência de imprensa de balanço após desistir quando o espanhol Alejandro Moro Cañas já liderava por 6-3 e 4-1 na primeira meia-final do dia.

“Ontem disse que queria recuperar bem e até consegui descansar, mas hoje o que me custou mais foi a dificuldade em respirar. Estou com muita expectoração e quando começo a fazer alguma atividade física fico com dificuldades em respirar e hoje foi mais difícil libertar tudo, apesar de me sentir com mais energia do que nos dias anteriores”, acrescentou Faria antes de dizer que Moro Cañas “teve muito mérito porque conseguiu obrigar-me a jogar todos os pontos no serviço, mesmo quando eu servi um bocadinho melhor.”

“O serviço hoje era muito importante para me dar tempo para respirar e ganhar alguns pontos sem ter de ir para um rally, mas não foi o caso. Faz parte, as coisas não estavam para o meu lado”, concluiu, resignado, antes de partir para uns dias de descanso aos quais se seguirão os treinos de preparação para a primeira participação no US Open, em Nova Iorque.

“Agora vou aproveitar para descansar e recuperar, o que naturalmente vai acontecer entretanto. E depois vamos fazer uma boa preparação cá em Portugal para afinar as coisas, melhorar o serviço e trabalhar bem porque é um torneio importantíssimo em que quero muito jogar bem”, concluiu, não evitando um sorriso quando confrontado com o jogo de palavras que também apanhou o amigo, Henrique Rocha, desprevenido: de saída do Porto, o objetivo dos dois jovens portugueses passa indiretamente por não voltar a competir na cidade invicta, onde dentro de três semanas a Federação Portuguesa de Ténis organiza um Challenger no Clube de Ténis do Porto que coincide com a primeira semana do quadro principal do US Open que ambos querem jogar (vão ao qualifying).

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