Henrique Rocha despede-se do Eupago Porto Open com o objetivo de não voltar ao Porto

PORTOHenrique Rocha não conseguiu a campanha desejada no Eupago Porto Open e despediu-se na segunda ronda, um resultado que noutras circunstâncias o deixaria com vontade redobrada de regressar à invicta para fazer melhor no novo Challenger que a Federação Portuguesa de Ténis vai organizar no final do mês no Clube de Ténis do Porto. Mas a viagem que se segue é a Nova Iorque e o objetivo passa por evitar o regresso a casa — simplesmente porque isso significaria estar a jogar o quadro principal do US Open.

“Chegar ao quadro principal de um torneio do Grand Slam era um dos meus grandes objetivos para este ano e ainda não o cumpri. Esta é a última oportunidade, portanto vou com tudo”, respondeu, já com um sorriso no rosto, quando questionado sobre as próximas semanas.

“No ano passado fui de férias a Nova Iorque e passei lá uns belos dias, é uma cidade incrível. Este ano vou com outros objetivos e passar ao quadro principal é sem dúvida o meu foco”, reforçou logo a seguir, não deixando margem para dúvidas.

Só se não o conseguir é que então regressará a casa, à invicta, para participar no Challenger do Clube de Ténis do Porto, esse já em terra batida, à procura de uma campanha com brilho que lhe tem faltado a este nível em Portugal. “Sem dúvida [que os resultados não têm sido o esperado por comparação com os que obtém lá fora]. Estas bolas não são as bolas com que eu mais gosto de jogar e isso afeta muito o meu jogo, principalmente no serviço. As bolas do Millennium Estoril Open, por exemplo, deixam-me mais confortável. Mas não é algo que consiga mudar, por isso tenho de trabalhar para melhorar esse aspeto.”

Acerca da derrota para Alex Martínez, o número dois nacional admtiu que “o nível esteve um bocadinho aquém do que estava à procura, mas ele também teve o seu mérito porque jogou bom ténis.

“Houve muitas bolas que não percebi como é que falhei. Talvez por falta de ritmo aqui no piso rápido, mas não foi só isso. Hoje estava com um mau feeling, não estava a sentir bem a bola. E ele tinha um jogo chato, porque a direita ora vinha muito spinada, ora vinha em rosca e a esquerda tanto vinha muito reta como muito curtinha, ou seja, as pancadas dele também me faziam jogar mal. Do que podia fazer [para melhorar] fui tentanto, por isso é que no final já estava melhor, mas mesmo assim não foi suficiente”, reconheceu.

“Ao 3-4 do segundo set tive a hipótese de fazer o 4-4 e o encontro podia ter mudado porque já estava a sentir melhor a bola e tive uns bons detalhes, mas não é disso que é feito o jogo, é mais da consistência e aí ele foi melhor”, disse ainda, entregando o mérito ao espanhol.

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