Mladenovic arranca vitória de luxo a ferros rumo às meias-finais na Figueira da Foz

Beatriz Ruivo/FPT

FIGUEIRA DA FOZ – Num encontro entre campeãs de provas do circuito principal feminino, Kristina Mladenovic (232.ª WTA, antigo top 10) impôs-se em 3h22 face a Linda Fruhvirtova (139.ª, ex-top 40) com os parciais de 6-4, 5-7 e 7-6(6) para rumar às meias-finais do Figueira da Foz Ladies Open.

O duelo digno de palcos maiores não defraudou as expetativas e contou com muito público no Tennis Club da Figueira da Foz. Mesmo apesar dos 18 breaks totais e de algumas mudanças de ascendente, de modo geral o encontro inaugural dos quartos de final foi bem jogado. Sobretudo intenso e com algum drama à mistura.

Ao ténis mais reto e sempre agressivo de Fruhvirtova, terceira pré-designada do torneio, houve o contraste com a maior habilidade de Mladenovic, que usou imenso o amortie como arma disruptiva sempre à espera da oportunidade de acelerar de direita ou terminar o ponto na rede – especialista de pares, a francesa já liderou o ranking da variedade e conta no currículo com 28 troféus em 44 decisões, das quais se destacam os seis Grand Slam em pares femininos (em 10 finais, com ainda a adição de três Majors em pares mistos), as duas WTA Finals e os quatro títulos da categoria 1000 em oito finais.

E se o embate durou praticamente três horas e meia muito se deve a Mladenovic. A tenista de 31 anos serviu três vezes para sentenciar o compromisso mais cedo: a 5-4 do segundo parcial e no terceiro set tanto a 5-4 como a 6-5.

Na segunda chance dispôs mesmo de um match point, despediçado com um erro não forçado com a fiel pancada de direita, e só no tie-break decisivo, depois de novo ponto de encontro falhado com a mão dominante e após ter recuperado de mini-break abaixo (a checa cometeu duas duplas faltas para entregar o ascendente) é que conseguiu fechar um duelo que chegou a parecer sem fim.

A celebração efusiva da gaulesa mostrou a importância da ocasião e o triunfo praticamente que garante o apuramento para o qualifying do Us Open, talvez o objetivo maior da semana e talvez o motivo para ter abdicado de disputar os Jogos Olímpicos na variante de pares.

E a concretização do objetivo não podia ter sido com um percurso mais difícil: às 3h22 desta sexta-feira há que juntar as 3h08 da ronda inaugural, na qual salvou dois match points, e as 2h13 da segunda eliminatória. Nove sets, o máximo possível, para atingir o penúltimo embate do quadro.

Este sábado, Kristina Mladenovic vai disputar somente a segunda meia-final de 2024 e, curiosamente, ambas em solo nacional depois da semifinal do Oeiras Ladies Open de abril, no jamor, na prova WTA 125. Um torneio em que atingiu a final de pares, 11 anos posteriores ao título no antigo Estoril Open da variante.

Nas meias-finais, a vencedora de um título WTA em oito finais vai medir forças ou com Lina Gjorcheska, da Macedónia do Norte, ou contra a canadiana Rebecca Marino, antiga top 40 do ranking feminino e segunda cabeça de série da competição.

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