Francisca Jorge abanou, mas promete não cair já a pensar no completar da caderneta

Beatriz Ruivo/FPT

FIGUEIRA DA FOZ – A número um nacional Francisca Jorge não conseguiu repetir a presença nas meias-finais de 2023 do Figueira da Foz Ladies Open ao cair na segunda ronda desta quinta-feira. A desilusão era notória no rescaldo do encontro que sentiu ter ao alcance, mas ainda assim há grandes feitos por alcançar ao virar da esquina que obrigam a refocar rapidamente.

Sobre a derrota em três horas e 2h20, a vimaranense de 24 anos lamentou a “percentagem de primeiros serviços” e a péssima entrada no encontro, muito devido à falta de referências anteriores da bielorrusa Evialina Laskevich. “Comecei com 5-0 [abaixo], foi quase um set ao lixo”, lamentou.

Ainda assim, e apesar da linguagem corporal muitas vezes poder referir o contrário, a luta foi uma constante. O 0-5 transformou-se num 3-5 e o 1-4 no parcial decisivo ainda fez tremer a oposição quando passou para 3-4. “Não deixei de ir à procura”, sublinhou. “Dei o meu máximo, queria muito ganhar. Não foi suficiente”.

O maior lamento vai, curiosamente, para o set vencido. Pode até parecer estranho à primeira vista, mas Francisca Jorge acha que a reta final influenciou o desfecho do embate. “A fechar o segundo tive ponto para 6-2 e iria começar a favor do tempo, o que me daria alguma vantagem. Assim comecei a servir contra o vento, o que me retirou alguma energia, apesar de ter havido momentos em que podia ter dado a voltar”. Jogar contra o vento no terceiro parcial acabou por revelar-se prejudicial para a 177.ª colocada no ranking WTA, pois não foi capaz de amealhar jogos desse lado.

“Agora estou muito cansada. As pernas estão a falhar, mas é só falta de treino. Não deu para mais”, admitu visivelmente emocionada. Mesmo assim a lesão no joelho esquerdo que a limitou na preparação para a prova e a retirou no Eupago Porto Open não se fez sentir, o que a faz estar pronta para o trabalho que se avizinha.

Trabalho com vista à estreia no Grand Slam em falta, o Us Open, depois da primeira experiência este ano nos três outros. O “estado de espírito não é o melhor” agora, mas a caderneta está a um passo de ficar completa e a experiência de Melbourne, Paris e Londres tem tudo para ajudar na inédita aventura por Nova Iorque, a cidade que nunca dorme.

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