Barbora Krejcikova foi do céu ao inferno por causa de vários problemas físicos, mas dobrou o cabo das tormentas e três anos depois de vencer Roland-Garros sagrou-se, este sábado, campeã de Wimbledon.
O feito foi consumado com uma vitória por 6-2, 2-6 e 6-4 frente à surpreendente Jasmine Paolini, que está a viver uma temporada de sonho e jogou pela segunda vez consecutiva a decisão de um Major.
Aos 28 anos, a checa passa a ter dois títulos do Grand Slam em singulares, conquistados em lados opostos do Canal da Mancha.
Ex-número dois mundial em singulares, Krejcikova junta a esses outros sete em pares femininos (completou o Grand Slam de carreira), variante na qual também já venceu o WTA Finals e a medalha de ouro olímpica, bem como três em pares mistos.
Marcada por várias lesões, entre as quais uma nas costas que a obrigou a falhar dois meses desta temporada e que adensou o registo negativo com que chegou a Londres, a tenista de Brno continua a afirmar-se como uma das melhores do circuito sempre que está apta a competir.
Este sábado, roçou a perfeição na primeira partida e não deu hipóteses a Paolini de reagir a tempo. Mas uma quebra a pique no rendimento abriu espaço à italiana de recuperar e manter vivo o sonho de conquistar o maior título da carreira, um mês depois de ser derrotada por Iga Swiatek em Paris.
A resposta de Paolini devolveu o equilíbrio à final, mas uma dupla falta da transalpina quando enfrentou um ponto de break ao 3-3 do set decisivo (pediu um challenge ao primeiro serviço e não se recompôs) acabou por decidir a contenda. Krejcikova até terminou a final com uma pior proporção de winners/erros não forçados (28-37 contra 19-23 de Paolini), mas atuou melhor nos momentos decisivos.