Boris Becker: “Portugal tem uma equipa forte, especialmente em casa”

JAMORBoris Becker aterrou em Lisboa na tarde desta quarta-feira e hoje, quinta, já se juntou aos trabalhos da equipa alemã em pleno Centralito. Numa conferência de imprensa realizada precisamente depois da sessão de treinos, o novo responsável pelo ténis masculino germânico falou sobre a eliminatória, os seus conhecimentos do conjunto português e, claro, a ausência das três maiores figuras do ténis alemão da atualidade.

“Sou um grande fã de Portugal, é um país lindo e gostava de poder vir cá mais vezes não só para o ténis mas também férias.” Foi assim que o carismático treinador — e um dos melhores tenistas de todos os tempos — deu início à conferência de imprensa, tecendo largos elogios à forma como tudo tem corrido desde que aterrou em Lisboa.

Já sobre o play-off, que vale a presença ao Grupo Mundial da Taça Davis em 2018, Boris Becker espera encontros difíceis: “Portugal tem uma equipa forte, sobretudo em casa. Têm um número 1 muito bom que eu já conheço há vários anos do circuito e o apoio do público, mas nós vamos dar o nosso melhor ao longo dos três dias.”

Para além de João Sousa, Becker diz também conhecer e já ter visto jogar Gastão Elias, mas admite não conhecer tão bem nem Pedro Sousa (que vai jogar o segundo encontro de singulares), nem João Domingues.

Sobre o seu papel, Becker — que este mês foi apontado como o responsável do ténis alemão pela federação do seu país — relembra que “não sou o capitão por isso estou aqui para o ajudar e também aos jogadores. Já participei em muitas eliminatórias da Taça Davis quer como jogador, quer como treinador e nos últimos anos tenho estado no circuito como treinador, por isso acho que tenho um bom conhecimento de como os jogadores devem jogar e tivemos uma boa conversa ontem à noite.”

Campeão da Taça Davis em 1988 e 1989, o treinador alemão de 54 anos recordou as conquistas como “uns dos pontos mais altos da minha carreira” e afirmou ainda que “um bom espírito de equipa é fundamental. Se há uma boa equipa e um bom capitão, um jogador gosta de jogar pelo seu país. O ano é longo, tens de ganhar quatro eliminatórias, às vezes fora de casa, portanto o espírito de equipa é muito, muito importante. Um jogador não o consegue fazer sozinho, precisa sempre dos seus colegas de equipa, e é esse o espírito que espero ver ao longo do fim de semana.”

Alexander Zverev, Mischa Zverev e Philipp Kohlschreiber — os três melhores tenistas alemães da atualidade — vão falhar o play-off frente à seleção portuguesa por opção, mas Boris Becker não quis pronunciar-se durante muito tempo sobre o assunto. “Tivemos longas conversas, já nos conhecemos há muitos anos e não quero falar muito sobre este assunto. Nem sempre os jogadores são reis dos seus próprios reinos, têm agentes, conselheiros e famílias com planos diferentes. Não vamos falar mais disso, estamos muito satisfeitos com os jogadores que temos connosco e são suficientemente bons para poder ganhar.”

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