Andy Murray está a fazer de tudo para recuperar de uma operação à coluna vertebral e apesar de ser uma corrida improvável vai esperar até ao último segundo para tomar uma decisão acerca da participação em Wimbledon. Ou seja, o britânico não vai retirar o nome da lista de inscritos a tempo do sorteio.
Três dias depois da mãe, Judy Murray, ter vindo a público negar a desistência da prova e lamentar a divulgação de registos médicos privados por parte de uma pessoa de confiança, o ex-número um mundial explicou que vai “esperar até ao último segundo para ver se consigo jogar e ganhei o direito a fazê-lo.”
“Não é uma situação em que saiba a 100% que vou competir ou que tenho 0% de hipóteses de o fazer. O mais provável é que não consiga jogar em singulares, mas, ao ritmo a que estou a melhorar, 72 ou 96 horas podem fazer toda a diferença”, acrescentou, citado pelo The Guardian.
“É complicado e ainda mais complicado porque quero ter a oportunidade de jogar Wimbledon mais uma vez. Sei que algumas pessoas vão dizer que desistir à última hora não é a coisa certa a fazer, mas sinto que mereço a oportunidade de jogar lá outra vez e quero ter essa oportunidade, por isso vou demorar o tempo que conseguir até ver se consigo recuperar”, continuou o britânico de 37 anos.
Murray foi operado na última sexta-feira e inicialmente foi-lhe dito que precisaria de seis semanas para recuperar, mas de acordo com o The Guardian consultou vários especialistas nos dias seguintes em busca de novas opiniões.
Se não for possível competir em singulares, Murray não descarta ir a jogo apenas em pares, ao lado do irmão, com quem nunca antes disputou Wimbledon. “Sei que há coisas mais importantes do que a forma como termino o meu último encontro, mas por causa de tudo o que investi neste desporto ao longo dos últimos não sei quantos anos gostaria de pelo menos despedir-me com um verdadeiro encontro em que sou competitivo e não com uma situação como a de Queen’s [desistiu ao 1-4 do primeiro set no encontro da segunda ronda frente a Jordan Thompson].”
Por causa dessa vontade, o escocês também não coloca fora da mesa a possibilidade de optar por um outro torneio caso não consiga realizar a desejada despedida ou em Wimbledon ou nos Jogos Olímpicos.