Menos de 24 horas depois de celebrar o 1.000.º encontro da carreira ao mais alto nível com uma vitória, Andy Murray foi do céu ao inferno e teve de desistir em plena segunda ronda do ATP 500 do Queen’s Club, ao qual disse adeus de forma definitiva. Com Wimbledon à porta, a lesão do britânico nas costas fez automaticamente soar os alarmes a poucos quilómetros de distância.
Frente a frente com um australiano pelo segundo dia consecutivo, o recordista de títulos (cinco) naquele que é um dos torneios mais antigos e tradicionais do mundo demonstrou desde cedo estar longe do nível que lhe permitiu bater Alexei Popyrin.
E ao cabo de apenas 20 minutos, quando Jordan Thompson já liderava por 4-1 no primeiro set, acabou mesmo por desistir.
Murray ainda chegou a ser assistido às costas no campo para tentar continuar em jogo, mas pouco depois retirou-se e foi aplaudido de pé ao sair pela última vez do court onde em 2009, 2011, 2013 (ainda como ATP 250), 2015 e 2016 (já como ATP 500) fez história ao vencer mais títulos do que qualquer outro jogador.
Atualmente no 129.º lugar do ranking, o ex-número um mundial ainda tem prevista a participação no ATP 250 de Eastbourne na próxima semana, mas a mesma ficou dependente da avaliação médica que fará nas próximas horas. Dentro de uma semana e meia começa Wimbledon e no horizonte ainda há os Jogos Olímpicos de Paris, em terra batida, que exigem um cuidado extra com o corpo para preparar nova mudança de superfície.