“Orgulhoso” com a exibição, Nadal não fecha portas a um regresso a Paris em 2025

A sorte protegeu Rafael Nadal no duelo mais aliciante da primeira eliminatória de Roland-Garros e o por 14 vezes campeão despediu-se pela primeira vez na estreia com aquele que poderá ter sido o seu derradeiro adeus. O maiorquino sofreu a quarta derrota da carreira na terra batida parisiense, com 6-3, 7-6(5) e 6-3 aplicados por Alexander Zverev, mas deixou bem evidentes sinais de que a fibra ainda lhe corre no sangue.

Mesmo que se tenha apresentado reticente nas semanas que antecederam a sua viagem para Paris, o campeoníssimo de 37 anos manifestou que se sentia munido das armas para voos mais alargados: “Esta foi a primeira semana em que senti que o meu corpo estava preparado para mover-se sem limitações. E este foi o primeiro torneio em que acreditava que tinha mínimas hipóteses de ganhar o título.”

“Estou muito orgulhoso da forma como competi hoje, não estive longe de ter tido chances para fazer algo diferente. Foi um encontro bom, tendo em conta as circunstâncias. Cometi erros, mas uma casa não se constrói em dois dias. Tive hipóteses reais de levar a partida para outros lados, mas não as aproveitei porque faltou bagagem e confiança”, analisou Nadal, que não ficou longe de forçar a disputa de pelo menos um set adicional frente ao recém campeão do Masters 1000 de Roma.

Sem desvendar muito mais do que o futuro lhe prepara, Rafael Nadal vai abdicar de Wimbledon e passa a girar o foco para a derradeira incursão nos Jogos Olímpicos, no mesmo recinto de onde esta segunda-feira se despede: “Acredito que possa chegar em boa forma, mas volto a ter o mesmo problema que aqui: não serei cabeça de série e vou chegar sem ritmo de competição. Depois disso, vou avaliar que decisões tomar em relação ao meu futuro.”

A derrota na estreia de Roland-Garros não deu lugar a uma merecida cerimónia que até fora preparada pela organização, pois para Rafael Nadal ainda não está descartada a eventualidade de adiar uma última despedida para 2025: “Se continuar a ser feliz no dia a dia e se o corpo corresponder, não vou fechar portas. A parte lógica diz que será muito difícil, mas só com o tempo terei a resposta. Quando perder toda a energia e vontade saberei.”

Total
0
Shares
Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Total
0
Share