Alexander Zverev (3.º) fez a sua parte da missão ao impedir uma final 100% chilena no Masters 1000 de Roma, mas mais tarde Nicolas Jarry (24.º) defendeu com sucesso as cores do país para dar mais um passo de gigante numa quinzena que vai ficar marcada na sua memória. São os dois últimos sobreviventes no Foro Italico e vão no próximo domingo batalhar entre si por eternizarem o nome no torneio romano.
Campeão da edição de 2017 e finalista vencido no ano seguinte, Zverev acordou do susto ainda a tempo de evitar um pesadelo e agarrou-se à esperança para dar a volta ao encontro com o chileno Alejandro Tabilo (32.º), que acusou a pressão na fase mais crucial de um segundo set que não esteve longe de cair para o seu lado. O alemão aproveitou para escalar num ascendente que inverteu o cenário e ao cabo de cerca de duas horas e meia completou a remontada por 1-6, 7-6(4) e 6-2, para voltar a fazer parte do dia das decisões seis anos depois.
A juntar-se ao natural de Hamburgo no domingo derradeiro em Roma esteve Jarry, que dias antes havia, a par de Tabilo, escrito uma página dourada para o ténis chileno (pela primeira vez na história com dois representantes nas mesmas meias-finais de Masters 1000). O jogador de Santiago foi levado a trabalhos redobrados depois de ter começado a comandar as operações com Tommy Paul (16.º), mas no final a situação o fogo estava apagado com 6-3, 6-7(3) e 6-3, numa batalha deslindada só ao fim de quase três horas de duração.
Alexander Zverev e Nicolas Jarry são velhos conhecidos no circuito e é o europeu quem lidera um registo dos frente-a-frente, com quatro vitórias em seis duelos disputados. Caso alimente a hegemonia, vai viajar para Roland-Garros com o sexto título Masters 1000 da bagagem; enquanto para o chileno avizinha-se uma oportunidade de ouro para conquistar o único título que não seja de categoria ATP 250 — e logo no segundo mais elevado patamar.
