Tiago Pereira despede-se com uma certeza: “Sei que estou mais do que capaz de jogar contra este tipo de jogadores”

Beatriz Ruivo/Federação Portuguesa de Ténis

OEIRAS — Tiago Pereira (712.º) teve nas mãos a honra de abrir a participação portuguesa no Oeiras Open 4 e apesar de ter dificultado ao máximo a vida ao primeiro favorito da fase de qualificação, fechou de forma prematura a nona expedição da carreira nos singulares de torneios Challenger. De cabeça bem levantada, o jovem algarvio chegou à sala de conferências de imprensa com o sentimento de missão cumprida.

“Comecei muito bem o encontro, demonstrei que sou um bom jogador e que consigo jogar ao mesmo nível que ele. Joguei a um nível bastante alto, mas a partir do 3-3 do segundo set ele começou a fazer mais coisas que me deixaram fora de pé, e foi mais difícil voltar ao jogo. No terceiro set comecei bem, com um break, mas ele continuou forte e acabou por me passar por cima no final. Tenho de melhorar algumas coisas, mas acho que joguei bastante bem”, analisou, depois de sofrer uma reviravolta por 3-6, 6-3 e 6-1, imposta pelo austríaco Lukas Neumayer (211.º).

A sua posição no ranking tem-lhe, para já, familiarizado mais com os torneios de categoria inferior mas, ainda assim, Tiago Pereira acredita estar munido das armas exigidas para se bater de igual para igual com os jogadores que frequentam o ATP Challenger Tour: “Sei que estou mais do que capaz de jogar contra este tipo de jogadores, mas primeiro tenho de melhorar certos aspetos do meu jogo para ser capaz de chegar ao nível deles.”

Ainda com a ambição de competir na variante de pares no Complexo de Ténis do Jamor, Pereira já aponta ao regresso ao ITF World Tennis Tour para as próximas semanas — dentro e fora de portas — e não tem dúvidas de que esta experiência lhe elevou a confiança para o futuro: “É sempre bom fazer um bom jogo frente a um jogador do calibre dele, com o ranking que tem. Fico bastante motivado para o que vem pela frente.”

O português tem no piso rápido a sua superfície predileta, mas tal não lhe têm impedido de transportar para a terra batida os seus melhores atributos. Até porque na semana passada viveu uma história caricata em Sanxenxo, onde foi forçado a fazer uma inesperada transição de condições: “No dia anterior consegui terminar o encontro de singulares no piso rápido, mas começou a chover bastante e mudaram a final de pares para terra batida indoor. No dia seguinte, os campos não estavam secos e continuou a chover, por isso tive de jogar em terra batida em vez de piso rápido.”

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