Nuno Borges (56.º) apresentou-se em court na tarde desta sexta-feira com um primeiro ato escrito de forma irrepreensível, mas o poderio não foi estendido até ao ponto final e a reviravolta veio a trocar-lhe os planos. O número um nacional perdeu o andamento depois de uma primeira parte conquistada ao segundo favorito da semana Lorenzo Musetti (29.º), antes de sofrer um apagão e de se despedir do Challenger 175 de Cagliari, por 1-6, 6-1 e 6-2.
A entrada não poderia ter sido mais radiante para o lado das pretensões lusas, não tivesse Borges tomado os dois primeiros jogos de serviço do adversário, e a gestão foi feita da melhor maneira para a consumação de um primeiro parcial afastado dos perigos. O português de 27 anos voltou à carga logo na abertura da segunda partida, mas daí em diante a história mudou de forma vertiginosa.
Musetti agarrou-se à chama da esperança que ainda não estava integralmente reduzida a cinzas, e empreendeu aquilo que se viria a metamorfosear numa reviravolta. Com três quebras de serviço consecutivas apoderou-se de um segundo set que restaurou a igualdade na partida, e no terceiro passou desde logo para a frente. Borges não deu a partida como perdida mesmo com dois breaks de atraso e ainda reduziu o fosso, mas já não conseguiu evitar a derrota.
Fechada está a porta de continuidade de Nuno Borges numa semana em Cagliari onde não tinha pontos por defender, e o maiato já pode marcar a viagem de travessia do mar Tirreno. Na próxima semana, é o único português a competir no Masters 1000 de Roma, o seu penúltimo evento de preparação para Roland-Garros.