ATP e WTA resistem ao Premium Tour e elegem Arábia Saudita para abrir a temporada

Terminou o suspense: a ATP e a WTA disseram não ao Premium Tour e atribuíram um torneio combinado à Arábia Saudita na primeira semana do calendário a partir de 2027.

De acordo com a Tennis Magazine Italia, durante as reuniões desta semana em Madrid a ATP e a WTA rejeitaram a proposta que a Tennis Australia apresentou aos torneios do Grand Slam. O plano passava por criar um circuito de elite, ao estilo da Fórmula 1, que ficaria completo com 10 torneios ATP Masters 1000-WTA 1000, atirando para uma “segunda divisão”, longe do mediatismo, todos os outros.

O caminho escolhido foi o que os australianos — liderados por Craig Tiley — queriam evitar: a atribuição, logo na primeira semana do ano, de um torneio combinado (ATP Masters 1000 e WTA 1000) à Arábia Saudita, que apresentou uma proposta mais apelativa do que Doha (Qatar), Dubai, Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) e a própria Austrália.

Este novo evento, introduzido no calendário a partir de 2027, fará com que os circuitos concentrem as atenções inicias na Arábia Saudita e não na Austrália, que ao longo das últimas décadas ganhou força com um verão de ténis composto por quatro a seis semanas durante as quais o foco dificilmente fugia daquela região do globo.

Apesar do modelo escolhido pela ATP e pela WTA ser o que mais se assemelha à configuração atual de ambos os circuitos, é expectável que novas decisões sejam tomadas e dêem origem a mais mudanças, pois é conhecida a vontade das duas organizações apostarem nos torneios maiores — os ATP Masters 1000 e WTA 1000 têm sido expandidos de uma para duas semanas — e reduzirem a presença da categoria base (ATP e WTA 250).

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