Depois de dois anos de raras aparições no circuito mundial, Garbine Muguruza anunciou este sábado que deu por encerrado o capítulo de jogadora profissional de ténis. A jogadora espanhola, nascida na Venezuela, validou as suspeitas que eram cada vez mais densas e fechou aos 30 anos a porta a um percurso no WTA Tour que teve como pontos altos a conquista de dois títulos do Grand Slam e a ascensão à liderança mundial.
“Chegou a hora de me despedir. Tive uma longa carreira, marcada por vários bons momentos, mas sinto que está na hora de me retirar de de abrir um novo capítulo na minha vida”, partilhou a antiga número um mundial numa conferência de imprensa alusiva à cerimónia dos Prémios Laureus, que serão na próxima segunda-feira entregues em Madrid.
Apesar de só ter anunciado publicamente a decisão hoje, o derradeiro encontro da carreira de Garbine Muguruza acontecera há mais de um ano, em Lyon, uma semana depois de ter sido travada na estreia da edição de 2023 do Australian Open. Em fevereiro, estabeleceu uma pausa da competição por tempo indeterminado e, já na reta final da temporada passada, admitiu que não tinha pretensões de voltar ao circuito.
Garbine Muguruza abriu em 2014 a contagem de títulos no patamar principal e foi dois anos depois que aderiu ao clube de campeãs de torneios Major, ao completar uma semana dourada na terra batida de Roland-Garros. Em 2017, ampliou o historial com a conquista na relva de Wimbledon e, meses volvidos, subiu pela primeira vez à liderança do ranking feminino. É de 2021 que datam as suas últimas proezas em finais, com a coroação no WTA Finals a rematar um conjunto de dez troféus celebrados enquanto profissional.