ESTORIL — Pedro Martinez (77.º) chegou ao último dia de competição no Millennium Estoril Open um dia depois de ter destronado Casper Ruud com uma exibição de gala, mas o desgaste físico transportado pelas três horas de embate condicionou a sua prestação na final e distanciou-o de um eventual segundo título ATP. Cabisbaixo, o espanhol explicou aos jornalistas que se sentiu vulnerável por não ter respostas para o poderio de Hubert Hurkacz — o novo campeão do torneio, ao vencer 6-3 e 6-4 —, alicerçado na pancada de serviço.
“Estava a ver as estatísticas dos outros dias, o Hubi disparou quatro ases ontem em três sets, outros quatro no dia anterior, e hoje ele fez 15 ases. Não tive chances nos jogos de resposta, e não sou um bom servidor como ele. Normalmente consigo alguns breaks, mas hoje não comecei bem em nenhum dos sets, é algo que pode sempre acontecer. Não tive oportunidades para quebrar”, expressou o jogador de Valência.
Ainda que com sabor amargo a vice-campeão, Pedro Martinez não deixa de ter tido uma campanha com muito bons indícios, embalado já por uma conquista Challenger na semana passada: “Estou muito feliz pelo torneio que fiz, mas agora saio um pouco triste porque quando se está numa final deseja-se sempre a vitória. Não há nada a fazer, dei o meu melhor, mas acho que ele hoje fez o seu melhor encontro do torneio. É o que é.”