Campeão em Brisbane na semana que abriu a nova temporada, Grigor Dimitrov apurou-se este sábado para a segunda final do ano. Adorado por todos os torneios onde passa, o búlgaro terá de desempenhar o papel de vilão para fazer a festa em Marselha.
O duelo que encerrou a jornada deste sábado no Palácio dos Desportos prolongou-se por três horas e obrigou o número 13 mundial (já foi 3) a um tie-break do terceiro set antes de celebrar a vitória contra Karen Khachanov.
6-7(3), 6-4 e 7-6(5) foram os parciais que deram a um dos jogadores em melhor forma nos últimos meses a quinta vitória contra um top 20 nos últimos quatro torneios que disputou (finalista do ATP Masters 1000 de Paris a fechar 2023, campeão do ATP 250 de Brisbane a abrir 2024 e terceira ronda no Australian Open — travado pelo português Nuno Borges — antes de regressar à Europa).
Dimitrov foi não só obrigado a um longo e equilibrado braço de ferro, como a recuperar de uma desvantagem de 2-4 no tira-teimas que decidiu o encontro, tornando-se no primeiro homem a atingir duas finais este ano.
Depois de 2.240 dias sem levantar qualquer troféu de campeão, Grigor Dimitrov colocou-se a uma vitória de o fazer pela segunda vez no espaço de um mês, mas para o conseguir terá de despedaçar os corações da casa.
Isto porque do outro lado da rede na decisão de domingo estará Ugo Humbert, francês de 25 anos que nasceu em Metz, no Norte de França, e que eliminou o cabeça de cartaz Hubert Hurkacz (número oito mundial) pelos parciais de 6-4 e 6-4, conseguindo a desforra do encontro recente em Melbourne.
O tenista da casa apurou-se pela quinta vez na carreira para uma final do circuito principal e ainda não conhece a sensação de derrota em encontros desta importância, tendo no currículo os títulos de campeão em Auckland e Antuérpia (2020), Halle (2021) e Metz (2023).