Nuno Borges e Francisco Cabral perderam um encontro de pares em que a vitória era obrigatória e Portugal cedeu perante a anfitriã Finlândia em Turku, cidade de que se despede com o adiar do sonho de chegar pela primeira vez na história à fase final da Taça Davis.
Depois de uma jornada inaugural totalmente negativa (duas derrotas, 0-4 em sets), a seleção nacional estava obrigada a um “pequeno milagre” que tinha obrigatoriamente de começar pelo par, mas a dupla lusa não conseguiu inverter o rumo da eliminatória e cedeu por 6-4 e 7-6(6) perante Harri Heliovaara e Emil Ruusuvuori.
A Finlândia foi a única equipa a mexer na ficha de jogo em relação às nomeações iniciais e deu-se bem com a aposta do capitão Jarkko Nieminen, que substituiu um especialista de pares (Patrik Niklas-Salminen) pelo melhor jogador do país, atualmente no 55.º lugar do ranking de singulares.
Equipa-sensação de 2023, o ano em que atingiu pela primeira vez as meias-finais da Taça Davis, a Finlândia resolveu a eliminatória tão cedo quanto possível e sem ceder sets, uma prestação que valeu ao país nórdico um bilhete de regresso à fase de grupos das Davis Cup Finals, em setembro.
Pelo contrário, Portugal jogou pela quinta vez a ronda de acesso à fase final e pela quinta vez falhou o objetivo: a seleção nacional já tinha perdido com a Croácia em 1994 (fora), com a Alemanha em 2017 (em casa), com o Cazaquistão em 2019 (fora) e com a República Checa em 2023 (em casa).
Para a equipa das quinas segue-se um regresso ao Grupo Mundial I, em setembro, numa eliminatória que voltará a dar a possibilidade de aceder a esta fase — a ronda de acesso à fase final — em fevereiro de 2025.
O fim de semana em Turku também ficou marcado por mais um registo sem precedentes para João Sousa, que aos 35 anos superou o recorde português de longevidade na Taça Davis.