Coco Gauff não viveu uma exibição para gravar na memória, mas ainda assim foi quem prevaleceu numa partida pautada por 107 (!) erros não forçados, para bater a ucraniana Marta Kostyuk por 7-6(6), 6-7(3) e 6-2, ao cabo de mais de três horas. Mais descansada depois de ter conseguido levar o triunfo para o seu lado, muito devido à possante pancada de serviço, a norte-americana não escondeu em conferência de imprensa a desilusão por não ter conseguido explorar o seu potencial.
“Foi uma dura batalha. Acho que hoje o jogo foi de nível C, não joguei o meu melhor ténis mas estou muito orgulhosa por ter conseguido ultrapassar as dificuldades. Foi frustrante, mas fico feliz por ter vencido. Espero que já tenha deixado um encontro mau pelo caminho para começar a jogar cada vez melhor”, começou por declarar a número quatro mundial, apurada para as meias-finais do Australian Open.
Fazendo uma auto-apreciação do seu desempenho fracassado, Gauff admitiu ainda assim que sempre se manteve na luta, sobretudo depois de uma entrada pouco próspera: “Não joguei nada bem, falhei tudo em ambos os lados e não consegui servir bem. Tudo o que tentei fazer foi ganhar um jogo a mais do que ela. Claro que quando se está a perder 5-1 não se espera ganhar esse set, mas tentei acreditar em ganhar cada ponto, cada jogo e depois o resultado ficou cada vez mais próximo. Lutei o máximo possível.”
Ainda não conhece a próxima adversária em Melbourne Park, mas sabe que tanto Barbora Krejcikova, como Aryna Sabalenka, a prometem levar à exaustão: “Não defronto a Barbora há muito tempo, nem me lembro da última vez que jogámos. É uma jogadora muito inteligente, sempre prestei atenção aos encontros dela, poderá ser uma adversária difícil de bater. Claro que também com a Aryna será complicado, tem estado a jogar a um grande nível neste torneio e a final com ela no US Open foi dura. Independentemente da adversária, será um encontro difícil.”