Alex de Minaur (10.º) chegou a liderar a contenda com Andrey Rublev (5.º) e um acesso inédito para os quartos de final do Australian Open, mas ainda não é desta que será coroado um campeão da casa. O australiano esteve a um set de distância do próximo patamar, só que o russo renasceu a tempo de reverter a situação a seu favor e prevaleceu numa intensa batalha de mais de quatro horas, por 6-4, 6-7(5), 6-7(4), 6-3 e 6-0.
Com o coração destroçado na chegada à conferência de imprensa, o natural de Sydney lamentou o apagão anímico que o atordoou nos dois últimos capítulos de hegemonia russa: “Talvez há um par de anos ou no ano passado estivesse feliz com o resultado, a dizer: ‘Provavelmente não deveria ter ganhado, ele tem melhor ranking que eu, mesmo assim consegui ir a quinto sets e por isso foi um esforço decente.’ Mas tudo mudou porque agora estou aqui sentado e estou completamente devastado porque senti que era uma grande oportunidade, num encontro em que acreditei plenamente que poderia ter vencido. Mas tudo me escapou.”
Mas uma das metas já fora cumprida ainda antes do Australian Open, com a entrada no grupo dos 10 melhores do mundo, e de Minaur vê a luz ao fundo do túnel ao prognosticar um 2024 profícuo: “As três vitórias sobre jogadores do top 10 que consegui na United Cup ajudam-me a ter mais confiança, ainda estamos no começo do ano. É importante destacar que se puder manter este nível durante toda a temporada, então estou convicto de que poderei terminar o ano onde pretendo chegar.”
