Numa das batalhas que ficará para a memória da presente edição do Australian Open, Anna Blinkova (57.ª) viveu uma noite para mais tarde recordar e eliminou a cazaque Elena Rybakina (3.ª), finalista vencida da última edição. Com uma exibição em que nada faltou, a moscovita prevaleceu ao fim de quase três horas de alta voltagem para assinar uns 6-4, 4-6 e 7-6(20) que têm lugar reservado no livro dos recordes — o final da partida foi assente no tie-break mais longo da história de torneios do Grand Slam.
Blinkova, que tinha igualado a segunda ronda já alcançada por outras duas ocasiões, abriu a partida da melhor maneira com uma quebra de serviço que a impulsionou para levar para o seu lado o primeiro parcial. Mas a terceira cabeça de série reagiu a tempo para atenuar o susto no segundo capítulo, também ele resolvido por uma estreita margem.
Com a decisão transportada para um terceiro set com o passaporte para a terceira eliminatória em jogo, Blinkova foi a primeira a ter ao dispor uma oportunidade de fechar o encontro após uma série de trocas de break, mas não efetivou a ameaça e viria a ser o tira teimas a decretar o nome da vencedora. Discutido taco a taco, o tie-break prolongou-se por mais de meia hora (!): Rybakina teve ao alcance seis match points, mas Blinkova foi mais longe para à nona oportunidade extinguir as dúvidas e colocar termo a um momento que parecia não ver ocasião para terminar.
Elevada à terceira fase do Australian Open depois de ter sido protagonista do mais longo tie-break de sempre em torneios Major, com 42 pontos disputados, Anna Blinkova continua a deslumbrar após afastar as pretensões da vice-campeã de 2023 e vai confrontar Jasmine Paolini (31.ª) num embate que decide uma vaga nos oitavos de final.