Depois do julgamento que enfrentou no passado mês de setembro por esconder património para escapar ao pagamento de dívidas, Arantxa Sanchez Vicario voltou esta quarta-feira a tribunal. A antiga jogadora espanhola de 52 anos foi condenada a dois anos de prisão devido aos delitos cometidos, mas a pena ficará suspensa durante os próximos dois anos caso não volte a incorrer em mais nenhum crime.
A ex-campeã de Roland-Garros e número um mundial assumiu a responsabilidade dos atos cometidos e denunciou o ex-marido Josep Santacana, que terá procurado ocultar o património do fisco de forma a tentar evitar o pagamento de uma dívida milionária ao Banco do Luxemburgo. Ainda com um eventual recurso à sentença em cima da mesa, o antigo casal terá de indemnizar a instituição bancária com o pagamento de 6,6 milhões de euros.
Há quatro meses, Sanchez Vicario havia condenado na primeira sessão do julgamento que acontecera na Cidade da Justiça de Barcelona as ações do ex-cônjuge: “Eu queria pagar, mas ele disse-me que não, porque dizia que era melhor termos nós o dinheiro do que pagar ao banco. Confiei nele e arrependo-me.”
Ouvida esta quarta-feira no Tribunal de Barcelona, Arantxa Sanchez Vicario confessou ter estado a par dos atos executados por Santacana desde que em 2009 passou a “gerir o património da sua mulher” e foi quem “teve a ideia de levar a cabo as operações de despatrimonialização”. Apesar de ter tido um papel secundário na ocultação do seu património, a espanhola não poderá ser absolvida, uma vez que “tinha conhecimento pleno daquilo que ele fazia e estava a beneficiar disso”, considerou o juiz.