A sua posição no ranking impediu-o de aceder diretamente ao quadro principal, mas isso não foi problema para Alejandro Tabilo (82.º). Depois de furar as duas rondas da fase prévia, o chileno de 26 anos prolongou o percurso de sonho no ATP 250 de Auckland e só de lá saiu com a bagagem recheada, ao conquistar o primeiro título da carreira no mais elevado patamar do circuito masculino.
Chegado à Nova Zelândia embalado por outras seis vitórias consecutivas que lhe valeram a conquista do título no Challenger de Brasília na reta final da temporada passada, o sul-americano — nascido no Canadá — amplificou a série vitoriosa e concluiu a passagem por Auckland ao bater o nipónico Taro Daniel (74.º) no duelo das grandes decisões, por 6-2 e 7-5.
Ultrapassada uma fase inaugural pautada pela constância nos jogos de serviço, Tabilo acionou uma nova engrenagem para consumar a vitória no primeiro set através da conquista de dois breaks consecutivos. Ainda viu os seus primeiros jogos de serviço do segundo parcial ameaçados, mas Daniel não conseguiu efetivar as investidas (chegou a dispor de três chances de quebra) e na fase final o menos cotado dos tenistas evitou mais demoras ao celebrar o título ao fim de cerca de hora e meia.
Alejandro Tabilo, que se torna o primeiro jogador do Chile a conquistar um título ATP numa superfície que não a terra batida desde o ano de 2007, entra para a grelha de campeões do circuito acompanhado de Jiri Lehecka, o outro estreante que viveu uma página igualmente dourada em Adelaide. O percurso deslumbrante iniciado na fase de qualificação vale a Tabilo a entrada no lote dos 50 melhores do mundo, enquanto Daniel — que já conhecia o sabor de vencer um troféu ATP, em Istambul (2018) — alcança um novo máximo e é virtualmente o 58.º cotado.
