Num raro comunicado conjunto, a ATP e a WTA anunciaram medidas para reduzirem o número de encontros que se prolongam pela madrugada, mas também a intenção de alcançarem uma maior consistência em relação às bolas que são utilizadas no circuito e aumentarem o controlo à qualidade de produção.
Com efeito imediato, os dois circuitos permitem um máximo de cinco encontros por court em jornadas que comecem às 11h da manhã, com três encontros na sessão diurna e dois na noturna, e sobretudo passam a impedir que um encontro comece depois das 23h locais (a não ser que seja aprovado pelo supervisor e responsáveis do respetivo circuito) e ditam que um encontro que ainda não tenha começado às 22h30 seja transferido para outro court antes das 23h.
A ATP e a WTA também recomendam que as sessões noturnas comecem às 18h30, mas permitem que o início se dê até às 19h30.
Poderão verificar-se exceções a estas regras “com base na cultura e tradições locais, condições meteorológicas ou outras situações atenuantes.”
Recentemente, o italiano Jannik Sinner competiu até às 2h37 no ATP Masters 1000 de Paris e teria de voltar ao court às 16h do dia seguinte, mas acabou por abdicar desse encontro. Um ano antes, em Acapulco, Alexander Zverev derrotou Jenson Brooksby no ATP 500 de Acapulco quando eram… 4h55 da manhã, o final mais tardio da história do ténis.
MUDANÇAS NAS BOLAS APÓS AS CRÍTICAS
Têm sido muitas as críticas dos jogadores às diferenças entre bolas de torneio para torneio e como resposta a ATP e a WTA decidiram iniciar “uma revisão estratégica das bolas que são utilizadas nos circuitos.”
Até à data, cada torneio pode optar por uma marca de bolas à sua escolha, mas “a intenção é avançar com uma abordagem mais consistente e centralizada por parte da ATP e da WTA” com “o objetivo de oferecer uma maior consistência de bolas entre cada série de torneios” e “requisitos de certificação e especificações mais rídigos para que o produto final seja aprimorado sem afetar negativamente os fluxos de receita dos torneios.”