Francisca Jorge foi eliminada no primeiro encontro da carreira em torneios do Grand Slam, mas fez um “balanço positivo” da experiência no Australian Open apesar de ter lamentado as oportunidades desperdiçadas no encontro com a ex-top 100 Astra Sharma.
“Foi um bom encontro de ambas as partes. Sinto que apresentei um bom nível e tive oportunidades de fazer melhor aqui e ali, mas ela subiu o nível no segundo e no terceiro set e eu acabei por ficar no mesmo. Não consegui fazer o break [teve duas oportunidades ao 3-2 do último parcial] e depois ficou muito difícil porque não estava a ter pontos de borla e ela cobriu muito bem o espaço”, explicou ao Raquetc depois da derrota por 6-7(3), 6-3 e 6-3 em 2h39.
“Não sinto que tenha acusado a pressão da estreia e apesar de ela ser cabeça de série tive as minhas oportunidades. Podia ter caído para o meu lado e foi pena, há a frustração de não ter conseguido aproveitar esses momentos a meu favor”, acrescentou Francisca Jorge.”
A melhor tenista portuguesa da atualidade também lamentou a mudança brusca de temperatura em relação à véspera, que se refletiu “na forma de encarar o jogo”, mas fez um “balanço positivo” e mostrou-se “motivada para meter mais umas semanas de treino” antes de atacar definitivamente a época de 2024.
Acerca do susto que sentiu na reta final da segunda partida e que a obrigou a pedir a intervenção da fisioterapeuta, a tenista do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis deixou boas notícias: “Foi um ponto bastante duro e com uma bola mais curta e bastante baixa cheguei em dificuldade e mandei o pé para a frente. Escorregou um bocadinho, mas felizmente não senti uma dor muito aguda e não fiz nenhuma rutura. Depois do encontro fiz uma avaliação e o que senti foi uma espécie de espasmo muscular.”
Apesar da derrota, Francisca Jorge fez história ao tornar-se na oitava mulher portuguesa a participar num torneio do Grand Slam e na primeira desde Michelle Larcher de Brito em Wimbledon 2017, 2.389 dias antes.
Com este resultado, a representação lusa ficará a cargo de três homens: Gonçalo Oliveira no qualifying (estreia-se na quarta-feira), Nuno Borges nos quadros principais de singulares e pares e Francisco Cabral no quadro principal de pares.