OEIRAS – Chegou ao Jamor praticamente como desconhecido, mas praticamente uma semana depois está na final do Indoor Oeiras Open. Maks Kasnimowski começou o percurso de forma atribulada (salvou seis match points na ronda inaugural) e, ao ganhar uma espécie de segunda vida, superou os portugueses João Domingues e o ídolo João Sousa até bater, este sábado, o francês Valentin Royer (276.º e sexto cabeça de série) por 6-4 e 6-4, no “melhor encontro da semana”, para garantir a segunda final no ATP Challenger Tour.
Em outubro, em Oritsei, cedeu na primeira decisão a este nível face a Lukas Klein, num duelo no qual dispôs de dois match points. Como esteve tão perto do triunfo, cedido nos detalhes, o polaco de 20 anos não crê precisar de fazer muito de diferente do que fez na estreia solene.
Agora, o oponente é Gastão Elias e o frente a frente jogar-se-á na ‘casa’ do tenista da Lourinhã. Antigo 57.º ATP, o português de 33 anos é bem mais experiente e já conta no palmarés com 10 trofés no circuito secundário em 22 finais. “Não o conheço muito bem, mas sei perfeitamente quem é. É um jogador com muita experiência e uma ótima carreira e sei que está numa série de 19 vitórias seguidas neste local”.
E como sabe? Talvez não da forma que podíamos supor. “Depois do jogo, eu e o meu adversário [Royer] conversámos um pouco e ele disse-me que eu terminei uma sequência de triunfos consecutivos [oito e 15 nos últimos 16] da parte dele e que agora tenho oportunidade de terminar outra série invencível na final”.
A conclusão deste domingo (11 horas) será uma de três para o ténis polaco, a juntar à da United Cup e de Kamil Majchrzak em Monastir. Se conseguir somar o primeiro título Challenger (e quarto da carreira), Kasnikowski tem agendada nova celebração criada há um mês com os mais próximos: o festejo caracol.
“Como costumam dizer, devagar mas de forma segura. Só quero seguir isso e progredir um pouco dia após dia e trabalhar para melhorar”.