Rafael Nadal concluiu esta sexta-feira a semana de regresso à competição após quase um ano de ausência motivada por lesão, mas os sinais sentidos pelo espanhol de 37 anos após o desaire nos quartos de final do ATP 250 de Brisbane não foram os mais animadores. Após perder por 5-7, 7-6(6) e 6-4 frente ao australiano Jordan Thompson, ‘El Toro’ manifestou que a reação do corpo lançou um alerta que coloca a participação no Australian Open em risco.
Depois de passar mais de três horas em court, Nadal detalhou em conferência de imprensa que as mazelas sentidas ao longo da partida incidiram na região da anca da sua perna esquerda — a mesma que há um ano provocou um longo processo de reabilitação: “Tenho de ver como vou acordar amanhã, sei que é difícil para o corpo jogar ao mais alto nível depois de um ano como o que tive. Nunca se sabe como vai reagir. Tenho de aceitar as coisas que têm vindo a acontecer, espero que desta vez não seja nada de grave para ter a oportunidade de treinar na próxima semana antes de Melbourne. Neste momento, não garanto nada a 100%.”
Sem apontar prognósticos mais concretos, o jogador de Manacor refutou a possibilidade de uma recaída no processo de recuperação, deixando de lado os rumores de um agravamento da lesão que o afastou de 2023: “É numa zona idêntica à lesão do ano passado, mas diferente. O que sinto agora é mais a nível muscular, há um ano era o tendão e agora sinto o músculo cansado. O maior problema é que a dor situa-se na mesma região de antes e isso faz-me preocupar mais do que o normal. O melhor cenário seria que neste momento o músculo estivesse sobrecarregado depois do esforço destes três dias, mas ainda não tenho certezas.”
Com um cenário incerto para o Australian Open, primeiro Major da temporada com início marcado para pouco mais de uma semana de distância, Rafael Nadal vai ouvir o corpo antes de tomar qualquer outra decisão: “Não vim aqui para ganhar torneios, vim para tentar regressar da forma mais positiva possível. Espero que amanhã as sensações na perna já sejam melhores, isso seria muito positivo. Se não me sentir melhor, farei uns testes e depois logo se verá. Agora resta-me manter a calma e esperar para ver como me vou levantar amanhã.”