OEIRAS – Um convite é sempre um convite. Há convites que surgem como meras formalidades para algo expetável. Outros, como o de Diogo Marques para disputar o Indoor Oeiras Open, surgiu como total surpresa. Uma “experiência inesquecível” como primeiro passo para aquele que será o primeiro ano total no profissionalismo.
“Não estava à espera de vir jogar”, começou por dizer o tenista do Clube de Ténis de Setúbal e ex-atleta da Universidade da Stetson University Athletics. E a surpresa quase virava momento definidor de carreira, já que a estreia no circuito Challenger por pouco não era culminada com um triunfo, e logo frente a alguém esmgadoramente mais cotado.
Marques cedeu em três sets para o top 500 ucraniano Vadym Ursu (461.º) e além de ter arrecadado o primeiro parcial ainda liderou por 3-2, com serviço, na decisão, tendo depois perdido os derradeiros quatro jogos. ” Dei tudo o que tinha a dar, ficou tudo no campo. O adversário conseguiu reagir melhor a certas fases do jogo e mereceu ganhar”.
O revés da medalha da surpresa foi, naturalmente, a falta de preparação. Aliás, o português de 24 anos até contava disputar o quadro de pares na nave dos campos cobertos do Complexo de Ténis do Jamor – local onde há quase dois meses se sagrou campeão nacional na variante -, mas o convite veio no formato individual.
O parceiro do título nacional, Martim Simões, trouxe a novidade e a partir daí começou o contra-relógio. Nada que o tenha impedido de entrar em court “tranquilo”, mesmo com algumas “borboletas” na barriga. “Consegui competir contra um adversário não muito usual de apanhar. Tenho defrontado jogadores do top 1000, 1200, e por isso foi uma experiência totalmente diferente”, até pelo muito público que se deslocou ao Jamor no último dia de 2023 para o ver atual no momento mais solene da carreira.
O “Cameron Norrie português” – as semelhanças são óbvias – vai agora aproveitar o maior palco como trampolim para o que espera ser o primeiro ano como profissional, também para dar seguimento à intensa pré-época. “Vou tentar jogar mais competções, tenho competido muito pouco a este nível. Agora tenho de ver o que há a melhorar para que os próximos torneios sejam melhores”.
