MAIA — A jogar em casa, no clube que o viu crescer como jogador e perante milhares de espetadores que preencheram por completo as bancadas, o maiato Nuno Borges (78.º classificado no ranking ATP) cumpriu o sonho de criança e derrotou o francês Benoit Paire (130.º e ex-18.º) por 6-1 e 6-4 para vencer pela primeira vez o “seu” Maia Open, torneio do ATP Challenger Tour da categoria 100. E assim assegurou o fecho do melhor ano da carreira no top 70 mundial.
Num dos melhores elencos de sempre de finais portuguesas na categoria, Borges foi o melhor do início até à conclusão dos 62 minutos de duelo. O excelente controlo de emoções do número um nacional, aliado ao dia errático do carismático francês (e algo desinteressado a partir do momento em que o resultado ia fugindo) foi um cocktail explosivo a favor do favorito local.
E o triunfo ainda podia ter sido mais esclarecedor, já que o maiato liderou por 6-1 (em 21 minutos) e 5-1 e cedeu o serviço a 5-2 quando nem sequer tinha enfrentado um break point até então (apenas três vezes tinha sofrido dois pontos no seu golpe de saída e no total, apesar desse deslize, só consentiu 14 pontos a servir).
O português ainda viu Paire salvar um championship point no oitavo jogo, mas na segunda vez que dispôs de oportunidade de sentenciar o último embate do torneio encontrou um dos pontos mais importantes e bem jogados a 30-30 e pouco depois celebrou efusivamente e deitado no court, perante um Complexo Municipal de Ténis da Maia a sorrir e a aplaudir em uníssono.
O Maia Open passa a ser o quinto título Challenger da carreira de Nuno Borges (15.º do total a nível individual). Não é o mais importante (em 2023 tinha celebrado duas vezes e em provas maiores – 125 e 175), mas será o mais especial por se tratar de uma competição conquistada no clube que o formou como tenista.
O sonho concretizou-se.