Nuno Borges: “Ganhar o Maia Open seria um sonho tornado realidade”

Sebastião Guimarães/FPT

MAIA — Dois anos depois, Nuno Borges garantiu o regresso à final do Maia Open e colocou-se em posição de fazer o que lhe faltou em 2021 para fechar com chave de ouro a melhor temporada da carreira.

O melhor tenista português da atualidade falou do objetivo logo no court, após derrotar Matteo Martineau, e na conferência de imprensa deu ênfase ao discurso inicial, admitindo que “ganhar o Maia Open seria um sonho tornado realidade.”

Novamente embalado pelo apoio do público, o maiato de 26 anos chegou à sala de imprensa de sorriso rasgado e foi rápido a justificá-lo: “É uma final muito importante para mim por muitas razões: por estar a jogar em casa e por serem pontos importantes para me manter no top 100 e possivelmente conseguir jogar os Jogos Olímpicos. Tudo isso é uma motivação extra e felizmente estive bem de cabeça.” 

Apesar de a exibição deste sábado não ter sido totalmente do seu grado, surpreendendo ao considerar que “não me senti a servir muito bem”, Nuno Borges salientou que “às vezes nestes jogos o importante é fazer o que é preciso da maneira que se conseguir, ou seja, arranjar soluções.”

Já com quatro vitórias, segue-se o derradeiro encontro da semana e do ano, que pode dar-lhe uma das vitórias mais especiais da carreira: no domingo, a partir das 11 horas, o melhor tenista português da atualidade defrontará Benoit Paire numa final de luxo, praticamente de sonho, que pode dar-lhe o troféu mais desejado.

Sobre o carismático francês, 130.º e ex-18.º do ranking mundial e tal como ele apurado para uma final Challenger pela quarta vez esta época (ambos com um registo de 2-1), só teve elogios a partilhar: “É um jogador muito capaz, que sem pensar demasiado vai para as pancadas e toma decisões muito instintivamente. Já tem muita experiência a fazer isso e hesita muito pouco. Às vezes não é a melhor jogada, mas vai sem dúvidas e isso resulta para ele, o que faz com que seja muito perigoso. Quem está do outro lado tem de estar muito atento a essas mudanças que ele faz e aos inícios de jogada muito perigosos quer de direita, quer com a esquerda, porque mesmo com a direita ganha muitos pontos. Vou tentar obrigá-lo a jogar mais uma e outra bola porque pode não gostar de pontos assim tão longos, mas defende-se muito bem e a terra batida não lhe é estranha.” 

Com a lição bem estudada, Nuno Borges tentará puxar de outra arma e “usar o fator casa a meu favor.” 

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