MAIA – Benoit Paire (130.º ATP, antigo 18.º) está na final da sexta edição do Maia Open. Um dos favoritos locais e jogadores mais carismáticos do mundo tenístico superou o compatriota francês Maxime Janvier (286.º) por 6-2 e 7-5 em 1h31 para atingir a quarta final de 2023.
No segundo confronto entre ambos, mas o primeiro em cerca de oito anos, o mais cotado e experiente dos gauleses fez o melhor set da semana e saiu por cima da primeira meia-final em aproximadamenre 30 minutos, mostrando porque é um dos mais talentosos jogadores do circuito masculino. Amorties, passing shots, Paire abriu o livro e andou perto da perfeição sem sequer enfrentar um ponto de break no seu afinado serviço.
Tudo se complicou no segundo parcial, mesmo que o 2-0 de entrada fizesse prometer um final rápido de embate, até porque o mais novo (27 para 34) parecia não estar a 100% fisicamente. Paire baixou o nível imaculado, Janvier cresceu e evidenciou algum do ténis da véspera frente a Albert Ramos-Vinolas – pancadas pesadas e acutilantes que foram fazendo mossa (muito mais winners) e tirando ‘a mão’ ao favorito.
Benoit Paire viu o oponente servir a 5-3 para levar o duelo ao limite e nos quatro jogos consecutivos com que encerrou o desafio precisou de anular um set point a 4-5, no seu golpe de saída, no qual encontrou o serviço e fechou logo com a pancada seguinte. O vencedor de três títulos ATP em nove finais não se deixou frustrar, voltou a puxar das melhores pancadas (em especial a esquerda), o que foi também provocando mais erros no ténis mais de tudo ou nada de Maxime Janvier.
A final do Maia Open – frente a Nuno Borges e o público maiato ou frente ao grande amigo francês Matteo Martineau – será a quarta da temporada para Paire (venceu duas, perdeu uma), todas no circuito Challenger. E se olharmos para a sua longa e bem-sucedida carreira, a decisão será a 39.ª (17-21 de saldo – oito ganhas e oito perdidas na categoria intermédia, 6-7 em torneios ITF).
Das 38 anteriores, Paire disputou quatro em Portugal em provas da estirpe inferior, já quase noutra vida: em 2009, também no Norte do país, cedeu na final do Porto Open; em 2010 jogou três no Sul, vencendo Faro e Albufeira e perdendo em Lagos.