MAIA — Francisco Cabral interrompeu as férias para dizer sim ao convite de Nuno Borges e atuar na Maia, onde esta sexta-feira colocou um ponto final definitivo na temporada de 2023. Com um balanço positivo daquele que considerou ser o primeiro ano completo ao mais alto nível, o número um português de pares olha para 2024 com tranquilidade, entusiasmo e objetivos que vão de encontro à sua evolução.
“Foi o primeiro ano a 100% no circuito principal, porque no anterior comecei em maio, quando ganhámos o Millennium Estoril Open, e só joguei uns 10 torneios ATP. O objetivo era manter-me perto do top 50 e consegui atingi-lo. Joguei os quatro torneios do Grand Slam, joguei a Taça Davis e finais ATP, apesar de não ter ganho nenhuma. Ganhei um Challenger e gostava de ter ganho mais, mas para mim foi um ano positivo e só fico com pena de não termos ganho à República Checa”, explicou na conferência de imprensa após a derrota nas meias-finais.
Com o nível “muito acima” do que apresentava há um ano e “cada vez mais preparado para jogar contra as melhores duplas”, Cabral parte com metas mais ambiciosas para 2024: “No próximo ano o objetivo já não vai ser ficar perto do top 50 porque agora tenho mais experiência no tour. Vou querer subir e andar entre os 30-40 para ganhar a oportunidade de jogar os torneios grandes, ou seja, mais ATP 500 e os ATP Masters 1000 [a única categoria em que ainda não participou]. Tudo a seu tempo.”
As derrotas nas três finais ATP que disputou — todas com parceiros diferentes — marcaram a época do portuense de 26 anos, mas convidado a destacar os momentos mais especiais não hesitou em apontar a terceira ronda em Roland-Garros, ainda com o brasileiro Rafael Matos, e a “boa semana” no ATP 500 do Rio de Janeiro, que começou no qualifying e só terminou nas meias-finais (com Horacio Zeballos).
Apesar de ter terminado a temporada com dois parceiros fixos (já na reta final trocou Matos pelo inglês Henry Patten), ao longo do ano o especialista português teve um total de 11 parceiros. Agora, essa procura não terá de repetir-se a aliança luso-britânica permite-lhe abordar 2024 com “mais tranquilidade” e, consequentemente, também “mais entusiasmo.”
A ligação a Patten ainda é recente (o primeiro torneio que disputaram foi já a meio de outubro), mas oferece a Cabral “uma integração muito positiva acompanhada de um profissionalismo que também puxa por mim porque a equipa técnica dele diz-me o que é que tenho de melhorar e isso transmite-me segurança, tranquilidade e motiva-me a ser melhor.”
Se em Portugal continua sem uma base de treinos e sem acompanhamento, quando estiver a viajar “o treinador dele passa a ser o treinador dos dois e tornamo-nos uma equipa.”
E porque antes da Maia aproveitou para “ficar parado durante uns dias e passar tempo em casa com a família”, são muitas as razões para o entusiasmo já ser a nota dominante num discurso que, mais do que de encerramento de 2023, já é de lançamento a 2024.
Hong Kong ou Brisbane, Adelaide e Melbourne são os primeiros destinos daquele que acredita vir a ser “um ano bom.”
Caro Lança,
Um reparo!
“…objetivos que vão de encontro à sua evolução.”
Ou…
“…objetivos que vão ao encontro da sua evolução.” ?