MAIA — A época que Jaime Faria terminou esta quarta-feira dividiu-se em duas partes totalmente distintas e a forma como se desenvolveu deixou o lisboeta de apenas 20 anos satisfeito, mas sobretudo motivado para continuar a trabalhar e fazer ainda mais e melhor durante o ano de 2024.
Convidado a fazer um balanço depois de ter perdido com Benoit Paire na segunda ronda do Maia Open, o número sete nacional (e segundo mais novo desse grupo) considerou 2023 como “uma boa época” que teve “um início não muito bem conseguido como handicap para o resto”.
“Sem ser uma meia-final em Itália no mês de maio, só a partir daí é que conquistei os meus pontos todos. Arranquei mal, mas sobretudo a fase final foi boa”, acrescentou, apoiado em números: desde agosto, jogou sete torneios ITF e em todos alcançou, pelo menos, os quartos de final (três meias-finais e uma final), para além de ter sido neste período que assinou as melhores prestações no ATP Challenger Tour: no Porto venceu três encontros e ficou muito perto de derrotar Pierre-Hugues Herbert para se estrear em quartos de final, barreira que quebrou dois meses depois, em Braga, não esquecendo a campanha desta semana na Maia.
Reconhecendo que a explosão do melhor amigo Henrique Rocha “ofuscou” o ano que protagonizou, sobretudo depois do referido arranque negativo, Jaime Faria preferiu olhar para a evolução do também colega de treinos e parceiro de pares como inspiração: “Agora espero seguir os passos do Henrique e marcar mais presenças em meias-finais e finais.”
Extremamente motivado para o que se seguirá depois de uma semana de descanso sem pegar na raqueta, o lisboeta sabe que “há muito a melhorar, mas também muita coisa boa que se pode retirar” de um ano em que “elevei bastante o nível e o foco com o passar dos meses”.
Segue-se, por isso, a perseguição a objetivos ambiciosos, coerente com a quebra de barreiras que tem vindo a abordar ao longo do último par de anos: “É curioso porque enquanto estava a sentar-me tive um flashback. Há exatamente um ano falámos do mesmo e sem dúvida que agora o que me vem mais à cabeça é jogar o qualifying de torneios do Grand Slam. Também quero continuar a fazer umas coisas giras nos pares e jogar na Taça Davis. Tenho de focar-me em mim e quero preparar-me com uma boa pré-época para fazer um bom início de ano.”