MAIA – Foi com um dos maiores triunfos da carreira que Henrique Rocha se estreou a vencer no quadro principal do ‘seu’ Maia Open, torneio no Complexo Municipal de Ténis da Maia, local onde se formou como tenista. Ainda com o Australian Open no horizonte, o atual número três nacional vai tentar fazer o que ainda não foi feito: aceder os quartos de final de um torneio do ATP Challenger Tour.
O sucesso face a Alessandro Giannessi não foi só mais um. “É bom sentir que o meu nível é de igual para igual com estes jogadores. Ele foi top 100, é experiente e é bom sentir que o acompanho. Não foi um encontro inacreditável da minha parte e mesmo assim consegui a vitória e é isso que faz um bom nível”.
O duelo não foi inacreditável, mas foi “muito bem conseguido”. “Joguei bastante bem do início ao fim. O primeiro set foi atípico, ele estava a falhar um pouco. No segundo o nível foi alto, tive as minhas oportunidades para fechar em dois sets, muitos 30-30 e 0-30 no serviço dele. No terceiro parcial fiz o break logo a 2-1, mas, com tanta emoção de fazer finalmente o break, relaxei um pouco e ele recuperou. Só que depois voltei a jogar muito bem e passei logo para a frente”, resumiu, enaltecendo as dicas importantes fornecidas pelos treinadores Rui Machado e, sobretudo, Pedro Sousa, amigo do italiano e várias vezes rival.
O embate que abriu a jornada no Court Central contou com muito bom público no apoio a um dos produtos da terra. “Tinha muitos amigos a ver, que também vieram ontem apoiar o meu irmão. Já falei com eles e é provável que voltem durante a semana. É muito especial, cada vez que jogo tenho mais gente na bancada e é bom sentir isso, tal como é bom ver que as pessoas estão mais interessadas em ver ténis ao vir cá às 10h30 de uma terça-feira. É bom para nós sentir esse apoio. Jogar bem em casa ainda sabe melhor”.
Por falar em irmão, o 255.º ATP não foi o primeiro da família a vencer nesta prova. “Os irmãos Rocha estão na segunda ronda e ainda têm mais para dar. As vitórias dele são as minhas e somos uma grande força um para o outro”.
Segue-se a procura de algo inédito e pela frente terá o qualifier britânico Anton Matusevich, jogador que conhece de torneios em solo português. Pela hierarquia o favorito é o portuense, mas a teoria vale o que vale. “Senti-me bastante favorito hoje. Não é tanto o ranking o mais importante, mas o estilo de jogo e a forma como o encontro decorre que nos torna favoritos”.