MAIA – Depois do sucesso mais especial da carreira na véspera, Rodrigo Fernandes passou por um duelo com vários capítulos e mudanças de ascendente frente a Pedro Araújo. Adoentado e com febre recente, o jovem bracarense resgatou o encontro quando parecia perdido, mas acabou por ceder com dois match points a favor em praticamente três horas e meia de embate. Uma daquelas derrotas difíceis de ultrapassar, se bem que os pontos positivos de dois dias de Maia Open superam em larga escala a desilusão sofrida.
“Foi um jogo bastante duro. Ele jogou bem, conseguiu estar consistente a maior parte do encontro e cometeu poucos erros. No início estava um pouco em baixo, estava com dor de cabeça e com dificuldade em respirar. Senti que nos pontos duros ele estava por cima e eu estava a despachar. A meio chamei o fisioterapeuta, tomei um brufen e algo para aliviar a garganta, mas continuei a sentir. Estive com 5-2 abaixo e aí ele deu-me um pouco de vida. Foi o momento que ele esteve pior e parece que eu ganhei confiança outra vez, recuperei o resultado com o público a apoiar-me e joguei bem no final do segundo set. No terceiro senti que estávamos os dois muito cansados. Tive as minhas chances, 4-1 acima, mas ele jogou bem e no final fui apressado e isso refletiu-se no resultado”.
A resenha é tão lúcida e sólida como o ténis apresentado dentro de campo e o atual campeão nacional de sub 18 admitiu que a derrota desta forma “custa”, mas que há que ficar “contente por não estar bem fisicamente e fazer um bom jogo”.
Um encontro onde mostrou nível que encantou os presentes e o opositor, um dia após ter ultrapassado o ex-top 20 Nikoloz Basilashvili. As mensagens recebidas foram muitas e o Maia Open será para recordar. “Senti-me a jogar bom ténis. Tive um dia de treinos em terra antes de jogar a prova, e isso deixa-me mais contente por me ter adaptado bem. Fiz dois bons encontros, mostrei bom ténis e por isso estou feliz”.
Está bem Rodrigo. O caminho faz-se caminhando!