A sexta e mais importante edição do Maia Open foi apresentada esta sexta-feira e confirmou o maiato Nuno Borges como cabeça de cartaz do torneio ATP Challenger 100 (com prize-money de 118.000 euros) que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizam, entre 26 de novembro e 3 de dezembro, no Complexo Municipal de Ténis da Maia. O elenco será de luxo e conta, para já, com seis portugueses (João Sousa e Henrique Rocha também obtiveram entrada direta, Jaime Faria, Duarte Vale e Francisco Rocha foram convidados) e nomes muito conhecidos do circuito mundial masculino.
Na reta final de 2023, a semana do Maia Open será, uma vez mais, a última em que os jogadores terão a oportunidade de pontuar quer para o quadro principal do Australian Open, quer para garantirem um lugar no top 100 no final do ano, o que faz com que a afluência ao complexo coberto de terra batida seja notável.
A jogar “em casa”, no palco que o viu crescer para a modalidade antes de se mudar para o Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis, Nuno Borges (79.º classificado no ranking ATP) será, pelo segundo ano consecutivo, o primeiro cabeça de série no “seu” torneio.
Aos 26 anos, o maiato é o melhor tenista português da atualidade e regressa à Maia para fechar um ano ao mais alto nível que o viu competir nos quatro torneios do Grand Slam e nas três categorias do circuito masculino (ATP 250, ATP 500 e ATP Masters 1000), bem como ao serviço de Portugal na Taça Davis.
O Maia Open será o nono torneio Challenger que o número um nacional disputa esta época, com destaque para os títulos no Challenger 175 de Phoenix (EUA) e no Challenger 125 de Monterrey (México), mas também a final no Challenger 100 de Shenzhen (China) e as meias-finais no Challenger 125 de Nottingham (Inglaterra).
João Sousa (276.º) e Henrique Rocha (281.º) completam o trio português que obteve entrada direta no quadro principal de singulares do torneio.
Aos 34 anos, o vimaranense (que chegou ao 28.º lugar do ranking mundial em 2016) vai participar pela primeira vez no torneio, mas conhece bem os cantos à casa, pois nos últimos dois anos esteve presente nas duas eliminatórias da Taça Davis que Portugal disputou na Maia.
A melhor semana do ano de João Sousa aconteceu a poucos quilómetros do local que elegeu para fechar o ano: foi no Porto, onde concluiu como finalista a campanha que assinalou o regresso depois de dois meses e meio de ausência por causa de uma lesão nas costas.
Henrique Rocha é outro jogador que trata o Complexo Municipal de Ténis da Maia como casa, pois também ele cresceu na Escola de Ténis da Maia antes de chegar ao Centro de Alto Rendimento com 15 anos. O jogador natural do Porto é o português que mais subiu no ranking em 2023 (começou no 850.º lugar e já sabe que chegará ao top 250), ano em que já conquistou seis títulos ITF M25 num total de sete finais disputadas — números que poderão mudar ainda antes do primeiro encontro na terra batida da Maia, pois este sábado garantiu a presença em mais umas meias-finais em Vale do Lobo, no Algarve.
Ao trio com entrada direta juntou-se outro, anunciado na conferência de imprensa de apresentação desta sexta-feira, na qual estiveram presentes Vasco Costa (presidente da Federação Portuguesa de Ténis), Hernâni Ribeiro (Vereador da Câmara Municipal da Maia) e João Maio (Diretor do Torneio): os wild cards Jaime Faria (418.º ATP), Duarte Vale (580.º) e Francisco Rocha (1147.º), irmão mais velho de Henrique Rocha e também ele um “filho” da Maia.
Ao muito interessante grupo de portugueses junta-se uma comitiva internacional de luxo, liderada por três nomes que praticamente dispensam apresentações: Albert Ramos-Vinolas (96.º), Benoit Paire (129.º) e Fabio Fognini (131.º).
O espanhol de 35 anos chegou a ser 17.º colocado no ranking mundial em maio de 2017 e conquistou quatro títulos ATP em 12 finais disputadas, com destaque para aquele que ergueu no Millennium Estoril Open em 2021, quatro anos depois de ter sido finalista do ATP Masters 1000 de Monte Carlo.
O francês, um ano mais novo, é considerado um dos jogadores mais carismáticos do circuito e também já esteve no top 20 (18.º em janeiro de 2016), tendo no currículo três títulos ATP entre nove finais jogadas.
O italiano é o mais velho dos três (36 anos) e também o mais credenciado, pois chegou ao top 10 mundial (foi número nove) em 2019, o ano em que brilhou e venceu, no ATP Masters 1000 de Monte Carlo, o maior dos nove títulos ATP que conquistou num total de 19 finais disputadas.
O elenco do qualifying só ficará fechado nas próximas horas, mas já são certas as participações de João Domingues (730.º, mas ex-150.º e semifinalista do torneio em 2019) e Tiago Pereira (775.º, o melhor ranking da carreira).
Na variante de pares, destaca-se o regresso da parceria composta por Francisco Cabral e Nuno Borges (vencedores da edição dupla de 2021 e finalistas em 2022), mas também Henrique Rocha/Jaime Faria e Gonçalo Falcão/Tiago Pereira, os três conjuntos lusos já confirmados no quadro principal da variante.
O Maia Open 2023 decorre de 26 de novembro a 3 de dezembro no Complexo Municipal de Ténis da Maia e a entrada é livre durante toda a semana. De terça-feira a sábado serão transmitidos em direto dois encontros por dia na Sport TV, que terminará a cobertura no domingo com a transmissão da final.