VALE DO LOBO – Jaime Faria (418.º ATP) não teve armas para contrariar o britânico Paul Jubb (894.º, antigo 196.º) e cedeu nos quartos de final do segundo Vale do Lobo Open pelos duros parciais de 6-1 e 6-0.
O encontro ficou resolvido em apenas 54 minutos e o número sete nacional defrontou um oponente em estado de graça. Ex-top 200, Jubb não teve problemas em classificar a prestação como “uma das melhores do ano”, isto numa temporada marcada por duas operações (tornozelo e pulso) e queda de quase 600 lugares na hierarquia masculina.
Jaime Faria voltou a não estar nos seus melhores dias (como no duelo anterior) – vários erros diretos, 48% de primeiros serviços e somente 39% de pontos ganhos com o seu ‘saque’ -, mas o tenista de 24 anos sufocou-o desde o início, respondeu sempre com muita profundidade e do início ao fim mostrou uma elevada agressividade controlada.
Sem sequer enfrentar um ponto de break (só perdeu sete pontos a servir), Paul Jubb aplicou a candidatura ao título em Vale do Lobo, depois da derrota nos oitavos de final na semana anterior.
“Foi a primeira vez em muito tempo que senti tudo a fiuncionar. Fui capaz de manter um nível elevado constantemente. Fui mais consistente, não cometi muitos erros, não lhe dei espaço para respirar. Não fiz muitos winners, mas fui sólido e joguei bem nos momentos importantes. E respondi bem, foi onde fiz a maior diferença”, analisou.
“Estou muito feliz, quanto mais encontros, melhor. Se continuar assim, o meu nível vai subir com o maior número de encontros”.
Apurado para a segunda meia-final de 2023, Jubb espera agora por Jules Marie (segundo cabeça de série e 253.º ATP), que beneficiou da desistência de Elliot Benchetrit (oitavo favorito e 491.º, antigo top 200) devido a uma lesão na coxa esquerda quando já vencia por 6-3.
O tenista luso de 20 anos admitiu no rescaldo que há muito mérito do adversário na pesada derrota sofrida. “Ele jogou muito bem e desbloqueou o encontro desde muito cedo. Foi muito sólido do fundo do campo e eu não o consegui contrariar nem colocar dúvidas. Também não servi bem e isso deixou-me desconfortável”.
Pouco contente por ter amealhado somente seis pontos em duas semanas (atingiu duas vezes os quartos de final), Jaime Faria viajará para a Maia para disputar o último torneio do ano, onde terá um wild card para o quadro principal do derradeiro Challenger do ano em solo português.