SEVILHA — O clima era de celebração na chegada da comitiva canadiana à sala de conferências de imprensa e foi com uma ovação dos jornalistas que as novas campeãs da Billie Jean King Cup ascenderam ao púlpito pela última vez na semana. Acompanhadas pelos troféus distribuídos na derradeira cerimónia, as seis representantes do Canadá não esconderam a emoção à flor da pele e definiram a campanha no Estádio Olímpico da Cartuja como um dos momentos para levar para a posteridade.
Leylah Fernandez, número um do país e responsável pelo triunfo que eliminou por completo as dúvidas, começou por expressar que a recompensa é fruto de muito trabalho desenvolvido ao longo dos últimos anos: “Estou muito contente, em êxtase. É a primeira vez de sempre que o Canadá conquista a Billie Jean King Cup, finalmente podemos dizer: ‘Somos as campeãs do Mundo’ e nós merecemos isso. Trabalhámos sempre no duro nos últimos anos e acho que temos vindo a melhorar muito de ano para ano. Isso está a demonstrar-se no court, tanto a nível individual como agora na maior competição do mundo.”
Também Marina Stakusic, que foi a maior revelação da temporada ao ser peça-chave na sua estreia ao serviço das cores vermelha e branca, corroborou o sentimento da companheira e admitiu que tudo começou num sonho: “Não era definitivamente desta forma que me imaginaria a sair daqui, mas à medida que a semana ia avançando e ia treinando com estas raparigas todo o tempo, percebi que estávamos a ganhar mais confiança e a acreditar mais em nós próprias. E tudo acabou por correr bem no final, foi uma semana maravilhosa e estou mesmo feliz por ter partilhado a experiência com elas.”
Heidi El Tabakh, timoneira da equipa que mais longe foi na competição, pressagiou um futuro muito risonho à jovem promessa de apenas 18 anos, mas vincou que o orgulho se estende a todas as selecionadas: “Acho que é justo dizer-se que uma campeã nasceu esta semana. Ela excedeu as expetativas de toda a gente, tenho muito orgulho nela e na forma como ela representou a equipa. Estou também orgulhosa de todas as outras jogadoras, foi um privilégio viver a semana com elas e com todos os que nos apoiaram durante os últimos anos. Sem eles, não estaríamos aqui neste momento.”
Com contributo dado num dos duelos de pares, Eugenie Bouchard enalteceu aos jornalistas que a conquista do título de campeãs do mundo sobe ao estatuto de maiores glórias de uma carreira também marcada por uma final de Wimbledon: “Foi divertido, todas nós acreditámos em nós próprias e isso permitiu-nos relaxar mais. Todas estavam numa vibração tão boa quando cheguei hoje ao balneário e isso até me surpreendeu, era o dia da final. Adoro a atmosfera desta equipa, isso deu-me mais confiança e às que jogaram hoje. É especialmente importante para a minha carreira adicionar ao meu currículo este título, sempre é um orgulho representar o país e isto é a ‘cereja no topo do bolo’.”