SEVILHA — Leylah Fernandez (35.ª) deu seguimento ao passo de gigante conquistado pela compatriota Marina Stakusic e não vacilou quando foi chamada a agir: correspondeu às expetativas para bater Jasmine Paolini (30.ª) por 6-3 e 6-4 no culminar de uma semana para as páginas douradas do ténis canadiano. Ainda menos de um ano depois da seleção masculina ter brilhado em Málaga com a conquista da Taça Davis, a feminina segue o mesmo caminho em Sevilha com uma também inédita vitória na Billie Jean King Cup.
Sem oferecer grande espaço à adversária, a jovem jogadora de Montreal rapidamente fez deixar bem claro que tinha pretensões de extinguir todas as dúvidas em dois sets e esteve praticamente sempre por cima dos acontecimentos, deixando por várias vezes a bancada ao rubro com pontos dignos de registo. Adiantou-se logo no marcador com uma quebra que, mais tarde, se aliou a outras duas.
Também no segundo capítulo usufruiu do mesmo protagonismo e, apesar das longas trocas de bolas, voltou a cumprir de forma bem definida o guião traçado para em quase uma hora de disputa se evidenciar por três ocasiões no jogo de serviço de Paolini, que ainda procurou estender a duração mas que nunca conseguiu reunir as armas necessárias para forçar a ida a terceiro set.
Longe de ser uma das destacadas seleções iniciais com maiores aspirações em Sevilha, o Canadá fechou com a ‘cereja no topo do bolo’ uma campanha que ficará para a memória do desporto daquele país, que nunca antes tinha visto a seleção feminina alcançar uma final da prova de seleções. E a Andaluzia vai ter certamente lugar reservado no coração dos canadianos: há um ano, não em Sevilha, mas em Málaga, também o conjunto masculino fez história com a conquista inédita da Taça Davis — evento onde vão defender o estatuto, nessa mesma cidade mediterrânea, dentro de uma semana.